O dia 7 de
Setembro é, oficialmente, o Dia da Independência do Brasil. Nesse dia do ano de
1822 nas margens do pequeno rio Ipiranga, num local que hoje foi absorvido pela
malha urbana da cidade de São Paulo, o Príncipe Regente do Brasil D. Pedro de
Alcântara de Bragança tomou a decisão de liderar o processo de independência
daquela colónia portuguesa. A História regista essa decisão como o chamado
“grito do Ipiranga” e, cerca de um mês depois, o príncipe foi proclamado
Imperador do Brasil com o nome de D. Pedro I. Assim começou a história do
Brasil moderno que, daqui a sete anos vai celebrar o seu bicentenário.
Todos os países
têm uma ou mais datas que marcam a sua História e que, juntamente com a
bandeira, o hino, a língua e o território, reforçam a unidade e a identidade
nacionais: os Estados Unidos têm o 4 de Julho (Dia da Independência), a França
tem o 14 de Julho (Tomada da Bastilha), a Índia tem o 26 de Janeiro (Dia da
República), Portugal tem o 10 de Junho (Dia de Camões) e o Brasil tem o 7 de
Setembro.
Porém, este ano não
houve festa no Brasil e, em vez dela, houve largo protesto e muita indignação
porque a crise política é grave, a economia está em recessão com a inflação e o
desemprego a subirem e a popularidade da Presidente Dilma Rousseff em níveis
muito baixos. O tradicional desfile da independência que se realizou em Brasília foi pouco participado e não
mobilizou a população, embora o discurso presidencial tivesse agradado a muita
gente, como hoje salienta o Correio Braziliense ao destacar que
Dilma “fez mea-culpa”. De facto, no seu discurso a Presidente disse que “se
cometemos erros, vamos superá-los e seguir em frente”. Não é habitual que os
governantes tenham a lucidez de admitir ter errado e, por isso, essa declaração
deve dar esperança e ânimo aos brasileiros.
E, já agora, os meus parabéns pelos 193º aniversário do Brasil!
E, já agora, os meus parabéns pelos 193º aniversário do Brasil!