Após a desistência
de Joe Biden da sua corrida para a presidência dos Estados Unidos, a
candidatura de Kamala Harris não só veio travar a acelerada queda reputacional
dos democratas, como permitiu o relançamento e a unidade do Partido Democrata, trazendo
para a campanha novos e generosos apoios, um novo entusiasmo dos eleitores, um
novo discurso político e uma outra agressividade em relação ao seu adversário,
o candidato republicano Donald Trump.
O entusiasmo em torno de Kamala Harris fez com que, antes da convenção democrata
que vai acontecer entre 19 e 22 de agosto, tivesse havido uma votação online que decorreu durante cinco dias,
na qual os delegados democratas à convenção anteciparam a sua escolha, o que
permitiu que, na noite do dia 5 de agosto, o Partido Democrata tivesse nomeado
oficialmente Kamala Harris como a sua candidata presidencial. No dia seguinte, a
candidata escolheu Tim Walz, o governador do Minnesota, como candidato do seu partido à vice-presidência. Os jornais americanos, designadamente o The
New York Times, destacaram essa escolha na sua edição de hoje que,
aparentemente, veio valorizar a candidatura democrata.
A partir de
agora, se do lado republicano já havia o par Trump-Vance, do lado democrata apareceu o par Harris-Walz.
A verdadeira luta
eleitoral vai agora intensificar-se quando faltam apenas noventa dias para uma
eleição presidencial que é importante para os Estados Unidos e para o mundo. O nosso
futuro também depende das próximas escolhas políticas americanas. Nesta altura
há sondagens e previsões para todos os gostos, ao mesmo tempo que as televisões
portuguesas dedicam alargados espaços ao momento político americano, quase
parecendo que Portugal é o 51º estado dos Estados Unidos.
Noventa dias é pouco tempo, mas também é muito tempo.
A Terra continuará a girar em torno do sol...