Nos Jogos
Olímpicos que estão a decorrer em Paris participam 206 países e 10.714 atletas
que competem em 32 modalidades desportivas e, naturalmente, vão acontecendo
proezas invulgares protagonizadas por muitos dos atletas participantes, que vão
justificando o lema olímpico Citius,
Altius, Fortius, isto é, mais rápido, mais alto, mais forte.
O caso do lutador
cubano Mijaín López Núñez que, aos 41 anos de idade, acaba de vencer a final
olímpica de luta greco-romana na categoria de peso superpesado (até 130 kilos),
merece ser destacado porque, pela primeira vez, um atleta olímpico conquistou
cinco medalhas de ouro consecutivas na mesma categoria. O atleta Mijaín López
Núñez já era pentacampeão pan-americano e pentacampeão mundial de luta
greco-romana, mas agora tornou-se pentacampeão olímpico, pois venceu a mesma
prova em Pequim 2008, em Londres 2012, no Rio 2016, em Tóquio 2020 e, agora, em
Paris 2024, onde bateu os seus adversários do Azerbaijão, do Irão, da Coreia do
Sul e do Chile, sempre de forma expressiva. É um caso único na história das
modernas Olimpíadas e o jornal Granma, o “organo oficial del Comité
Central del Partido Comunista de Cuba”, destacou esta proeza do atleta cubano
com fotografia e com a frase “Mijain es Cuba”. Por sua vez, o atleta reconhecido
afirmou “sentirse orgulloso de ser cubano, de darle a Cuba todo lo que me
enseñó”, pois “cada medalla olímpica y mundial lleva ese sentimiento”.
Esta intimidade
cubana entre Desporto e Política, que ressalta da notícia do Granma,
só aparentemente impressiona, porque o ideal olímpico está cada vez mais
adulterado e a generalidade dos atletas olímpicos de todos os países do mundo
beneficia de substanciais apoios governamentais para a sua preparação, embora
poucos mostrem a gratidão de Mijaín López Núñez.
Sim, o desporto
olímpico já não é o que era…
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