quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Cuba e o seu pentacampeão olímpico

Nos Jogos Olímpicos que estão a decorrer em Paris participam 206 países e 10.714 atletas que competem em 32 modalidades desportivas e, naturalmente, vão acontecendo proezas invulgares protagonizadas por muitos dos atletas participantes, que vão justificando o lema olímpico Citius, Altius, Fortius, isto é, mais rápido, mais alto, mais forte.
O caso do lutador cubano Mijaín López Núñez que, aos 41 anos de idade, acaba de vencer a final olímpica de luta greco-romana na categoria de peso superpesado (até 130 kilos), merece ser destacado porque, pela primeira vez, um atleta olímpico conquistou cinco medalhas de ouro consecutivas na mesma categoria. O atleta Mijaín López Núñez já era pentacampeão pan-americano e pentacampeão mundial de luta greco-romana, mas agora tornou-se pentacampeão olímpico, pois venceu a mesma prova em Pequim 2008, em Londres 2012, no Rio 2016, em Tóquio 2020 e, agora, em Paris 2024, onde bateu os seus adversários do Azerbaijão, do Irão, da Coreia do Sul e do Chile, sempre de forma expressiva. É um caso único na história das modernas Olimpíadas e o jornal Granma, o “organo oficial del Comité Central del Partido Comunista de Cuba”, destacou esta proeza do atleta cubano com fotografia e com a frase “Mijain es Cuba”. Por sua vez, o atleta reconhecido afirmou “sentirse orgulloso de ser cubano, de darle a Cuba todo lo que me enseñó”, pois “cada medalla olímpica y mundial lleva ese sentimiento”.
Esta intimidade cubana entre Desporto e Política, que ressalta da notícia do Granma, só aparentemente impressiona, porque o ideal olímpico está cada vez mais adulterado e a generalidade dos atletas olímpicos de todos os países do mundo beneficia de substanciais apoios governamentais para a sua preparação, embora poucos mostrem a gratidão de Mijaín López Núñez.
Sim, o desporto olímpico já não é o que era…

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