Os Estados Unidos
anunciaram que vão abandonar o Conselho de
Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH) porque, segundo declarou Nikki
Haley, a Representante Permanente dos Estados Unidos junto das Nações Unidas, consideram
essa organização "hipócrita e egoísta". Esta decisão
de Donald Trump, que a diplomata de origem indiana anunciou, também resulta do
facto da actual administração americana não gostar de ver a China, Cuba e a
Venezuela na CDH, porquanto considera esses países violadores dos Direitos
Humanos, mas também porque não aceita a forma como é atacado o Estado de Israel
e é tratada a questão dos "direitos do Homem na Palestina”.
Esta decisão do
Donald segue-se a um número já considerável de decisões polémicas que tomou no
plano internacional, que incluem a saída da Unesco, o fim do financiamento a
vários órgãos das Nações Unidas, o acordo transpacífico de comérco livre, os
acordos de Paris sobre as alterações climáticas ou o acordo nuclear sobre o
Irão apoiado pelas Nações Unidas.
Acentua-se,
portanto, a política unilateralista e isolacionista da administração Trump ou,
o mesmo é dizer, do especial modo como o Donald faz política internacional.
Hoje o jornal Le Monde destaca mais este passo no caminho do isolacionismo
americano e da sua confrontação com meio mundo, apesar do sinal
contraditório que foi a recente Cimeira de Singapura. A fotografia de Merkel e de Macron, que ilustra a primeira página do jornal, bem pode traduzir a crescente preocupação europeia por esta caminhada sem rumo do Donald.