segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Aljubarrota revive os tempos medievais

Comemorando a batalha travada no dia 14 de Agosto de 1385, em que nos campos de Aljubarrota se enfrentaram os exércitos de Portugal e de Castela, vai realizar-se na vila de Aljubarrota, a cerca de 3 quilómetros de Alcobaça, a tradicional Aljubarrota Medieval. Trata-se de uma festa popular inspirada nas tradições medievais que se realiza anualmente entre os dias 12 e 15 de Agosto, em cujo programa se anunciam uma feira medieval e muita animação de rua, mas também rábulas teatrais, música medieval, torneios medievais, tendas árabes, uma ceia medieval e tabernas onde os visitantes podem encontrar refeições medievais.
As ruas estreitas da vila são especialmente decoradas para melhor recriarem o ambiente do século XIV e por elas desfilam com os seus trajos característicos e ao som de tambores e de gaitas de foles, alguns dos representantes da sociedade daquele tempo, designadamente as princesas, os nobres, os soldados, os frades e os camponeses, muitas vezes acompanhados por malabaristas e jograis que animam os cortejos e os recintos.
A entrada é livre e dizem-me, aqueles que já lá estiveram em anos anteriores, que é uma festa medieval a não perder.

Bolt: o homem mais veloz do planeta

O jamaicano Usain Bolt é o homem mais veloz do planeta, depois de ontem ter vencido a prova rainha dos Jogos Olímpicos que, aliás, já vencera em 2008 em Pequim.
A sua corrida e a sua vitória foram fantásticas, bem como o tempo que obteve e que constitui um novo record olímpico: 9,63 segundos. A marca com que  bateu todos os seus adversários é o segundo melhor tempo de sempre nos 100 metros planos e apenas foi batida pelo próprio Bolt, quando em 2009 correu aquela distância em 9,58 segundos e estabeleceu em Berlim o recorde mundial, que ainda perdura.
A notícia da prova olímpica dos 100 metros planos e a fotografia de Usain Bolt ilustram as primeiras páginas dos jornais de todo o mundo, numa unanimidade que glorifica o atleta. Usain Bolt é de facto uma máquina de correr e, dizem os especialistas, é anatomicamente perfeito. Porém, é curioso verificar que os cinco primeiros classificados na prova, foram os representantes da Jamaica e dos Estados Unidos, o que parece significar que é naquela região do hemisfério ocidental que o homem tem mais propensão para a velocidade.

Ceuta e algumas memórias lusitanas

Terminaram ontem na cidade autónoma de Ceuta as Fiestas Patronales en Honor a Santa Maria de África, a “patrona y madre de Ceuta”, o que foi amplamente noticiado pelo jornal Faro de Ceuta.
A devoção dedicada a Santa Maria de África ou Nossa Senhora de África ou Virgem de África não é exclusiva daquela cidade espanhola do norte de África, pois estendeu-se a outras regiões africanas, como por exemplo à Argélia e ao golfo da Guiné. Porém, segundo se crê, essa devoção teria nascido com a presença portuguesa em Ceuta, pois o mais antigo lugar de culto com esta designação encontra-se naquela cidade e a sua construção inicial data do século XV. A imagem da Virgem "patrona y madre de Ceuta" que é venerada nas festas, terá sido doada à cidade pelo Infante D. Henrique, com o pedido para que todos os sábados se rezasse pela sua alma e a tradição da “sabatina”, que ainda hoje permanece em Ceuta, poderá ter essa origem. A imagem tem na mão um bastão com nós, que foi oferecido pelo último governador português de Ceuta.
Ceuta foi conquistada em 1415 pelo rei D. João I e a partir de 1640 deixou de pertencer a Portugal, por não ter aderido ao movimento da Restauração. No entanto, a cidade manteve a sua bandeira igual à da cidade de Lisboa e o seu brasão com as cinco quinas portuguesas, o que só por si evoca as memórias lusitanas.
Teria sido uma boa oportunidade para visitar Ceuta.