Donald Trump, o
presidente dos Estados Unidos a que os americanos chamam Don, é aqui
referenciado pelas suas iniciais DT que, obviamente, não significam qualquer
coisa como Doente Total, Deliquente Tarado, ou Doido Tirano.
O facto é que depois
de provocar o Canadá, de ameaçar o Panamá e de fazer um assédio à soberania da
Gronelândia, o DT veio agora manifestar-se a respeito de Gaza e, segundo hoje
anuncia o New York Post, veio declarar que “we’ll take over Gaza”, ou “vamos
tomar Gaza”, o que significa a expulsão de dois milhões de palestinianos e
fazer daquela faixa mediterrânica a Riviera do Médio Oriente. A declaração do
DT não é apenas uma declaração infeliz e desastrada em relação ao Direito
Internacional e a todas as Resoluções das Nações Unidas, mas é também um perigoso
caso de regresso a uma lei da selva, à violação de direitos humanos, à punição
colectiva de um povo e a um caso de autêntica limpeza étnica. Ao lado do DT,
estava o tirano Benjamin Netanyahu, que o TPI considera criminoso de guerra e
que é o maior responsável pela destruição da Faixa de Gaza.
Vários países já
rejeitaram esta provocação do DT e qualquer violação dos direitos legítimos do povo
palestiniano, assim acontecendo, para já, com a Arábia Saudita, Alemanha, Reino
Unido, França, Rússia, Turquia, China e Brasil. O repúdio é geral. Entretanto, como
tem acontecido nos últimos anos, tanto a União Europeia de Ursula von der Leyen e António Costa, como a República Portuguesa, estão
calados, o que é um caso de cobardia, de cumplicidade e de submissão à política americana.