Amanhã, cerca de
141 milhões de brasileiros vão escolher o Presidente da República que dirigirá
o país durante os próximos 4 anos. O candidato que for eleito vai ter sobre os
seus ombros a condução do mais importante país da América Latina que é uma
referència na comunidade internacional e que é o quinto mais extenso e o quinto
mais populoso país do mundo, que também é a sexta maior economia do mundo.
O Brasil é o país
do futebol e do carnaval, mas também é um país de sofisticadas tecnologias nas
indústrias aeronáuticas, aeroespaciais e petroquímicas, sendo o maior produtor
sul-americano de automóveis, um grande produtor agro-industrial e um pioneiro mundial na exploração petrolífera em
águas profundas. Porém, o Brasil também exibe a outra face da moeda, em que se
destacam as enormes desigualdades sociais, os acentuados desequilíbrios
regionais e os elevados níveis de corrupção.
Segundo indicam
as sondagens, os dois candidatos que amanhã se defrontam – Dilma Rousseff e
Aécio Neves – estão tecnicamente empatados. Por isso, ainda há um certo grau de
incerteza quanto ao provável vencedor, mas a radicalização dos discursos e das
propostas feitas durante a campanha eleitoral levaram a uma acentuada
bipolarização do eleitorado e da sociedade brasileira, embora se espere que o
vencedor tenha a sabedoria bastante para rapidamente unir todos os brasileiros
em torno de ideais, valores e projectos comuns. A bem do progresso, da democracia e do bem-estar de todos os brasileiros.
Muitos portugueses vão acompanhar com interesse o que vai acontecer amanhã no país de Machado
de Assis, Santos Dumont, Jorge Amado, Oscar Niemeyer, Pelé e Ayrton Senna. Uns
torcerão por Dilma Rosseff e outros por Aécio Neves. Eu confio na sabedoria dos
brasileiros e na sua escolha, esperando também que o novo Presidente da
República saiba manter e reforçar os laços históricos, culturais e afectivos
que unem o Brasil e Portugal.