Está a
disputar-se nos Camarões a 33ª edição do Campeonato Africano das Nações ou CAN,
que é organizado pela Confederação Africana de Futebol que tutela o futebol
africano e é filiada na FIFA. Participam nesta prova 24 equipas e a final será
jogada no dia 6 de Fevereiro na cidade de Yaoundé, a capital do país.
Entre os
participantes encontram-se as equipas com maior historial no CAN, casos dos favoritos
Egipto, Camarões, Gana, Nigéria e Zimbabwe, mas está ausente a equipa da África
do Sul, bem como as equipas de Angola e de Moçambique, o que aqui em Portugal
se lamenta. Embora não sejam estreantes no torneio, destacam-se as presenças
das selecções de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, o que aguça o interesse
português por este torneio. Curiosamente, para além destas duas equipas que
“falam português”, ainda há duas equipas que são orientadas por treinadores
portugueses, assim acontecendo com Carlos Queirós (Egipto) e António Conceição
(Nigéria).
Muitos dos
jogadores que integram as selecções presentes no CAN jogam na Europa e alguns
deles actuam nas maiores equipas europeias, como acontece com o egípcio Mohamed
Salah, o senegalês Sadio Mané ou o argelino Riyad Mahrez, havendo também
vários jogadores africanos que integram equipas portuguesas.
O CAN começou há
poucos dias e ainda é cedo para apontar favoritos, mas a imprensa dá-lhe boa cobertura, inclusive na África do Sul, apesar da sua equipa não se ter classificado para a fase final. Assim, o jornal Sunday
Times, que é o maior jornal dominical sul-africano e que se publica em
Johanesburgo, destaca na sua edição de hoje aquela grande festa do futebol africano e escolheu uma interessante
fotografia para ilustrar a sua reportagem. Nessa fotografia, obtida no estádio Olembe, em Yaoundé, durante o jogo entre as equipas do Burkina Faso e de Cabo Verde, um adepto do
Burkina Faso exibe uma indumentária exótica e bem colorida que mereceu o título “magnificent header”.
É uma bela imagem alusiva ao CAN, a mostrar que o futebol tem que ser uma
festa.