sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Javier Moro e um livro: "O Império És Tu"

Desde que em 2008 se celebraram duzentos anos sobre a data da chegada da Família Real portuguesa ao Brasil, quando esta abandonou Lisboa para evitar a sua captura pelas tropas napoleónicas, que nos dois países atlânticos surgiu uma expressiva literatura sobre esse tema. Porém, um dos livros de maior sucesso foi “El Império eres tu”, da autoria do escritor espanhol Javier Moro, que foi publicado em 2011 e ganhou o Prémio Planeta 2011, ao qual concorreram 484 obras. O livro foi traduzido para português e publicado no Brasil com o título “O Império é você” e, agora, foi publicado em Portugal com o título “O Império És Tu”.
Trata-se de um romance baseado em factos reais que relata “a fascinante saga do homem que mudou a história do Brasil”, que foi Imperador do Brasil aos 23 anos de idade e Rei de Portugal durante sete dias, deixando a sua marca na história de dois continentes. Dom Pedro de Bragança, o filho mais velho do Rei Dom João VI, era um homem dotado de grande inteligência, com uma personalidade excessiva e contraditória e, sentimentalmente, era um aventureiro que se dividia entre a virtuosa Leopoldina, sua mulher, e a ardente Domitila, sua amante.
O livro foi classificado como romance, mas apesar disso foi criticado por muitos historiadores por conter algumas imprecisões históricas. É sempre assim, quando um não historiador entra nos campos da História e chega ao grande público com sucesso, como acontece com Javier Moro e o “D. Pedro, o Rei-Imperador, O Império És Tu”, que é um grande livro e um sucesso literário que se recomenda.

A fúria fiscal gasparista está ao ataque!

O Jornal de Notícias destaca hoje na sua primeira página que o “Fisco ataca reformados de 500 euros” e que, através do IRS, transforma os mais pobres em contribuintes. Na sua fúria cega destinada a recolher receita, o fisco gasparista é particularmente violento para com as classes de menores rendimentos e para com a classe média, que “apanha cortes brutais”, inclusive pelas alterações à colecta proporcionadas pelas despesas de saúde, casa e educação. O jornal faz diversas simulações e os resultados não deixam dúvidas: maior carga fiscal, menor rendimento disponível e menor consumo, de que resulta mais recessão e mais desemprego. É o aprofundamento da crise ou, como se costuma dizer, cada vez mais do mesmo.
Esta situação está a provocar uma onde de protesto e de indignação que atravessa toda a sociedade portuguesa. Tem sido repetidamente afirmado, inclusive pelos actuais governantes quando se candidataram, que o equilíbrio das contas públicas haveria de ser feito sobretudo pelo lado da despesa, mas não tem havido coragem para enfrentar o problema por esse lado. Atacam-se os fracos e apoiam-se os fortes. E continuam a gastar à tripa forra, exibindo o seu despesismo nos gabinetes, nas comitivas, nas viagens e nos luxuosos automóveis que usam e que nós vemos na televisão. Dizem que essa despesa tem pouco peso na despesa global. É verdade, mas esse mau exemplo está a enfurecer o povo e aqueles a quem todos os dias pedem mais sacrifícios. É lamentável que eles se comportem assim e que estejam a destroçar o nosso país.