A boa imprensa é
aquela cumpre a função informativa através
do relato de acontecimentos com verdade, objectividade, rigor e sem confundir factos
com opiniões, mas que também cumpre uma função
formativa, ao esclarecer os leitores sem os manipular com distorções
sensacionalistas ou emocionais. Esta abordagem simplista da boa imprensa tem a
ver com o destaque da edição de hoje do The San Diego Union-Tribune, um
jornal diário que se publica desde 1868 em San Diego, na Califórnia.
O jornal
destaca na primeira página a história do HMS Surprise, uma fragata que foi utilizada no filme Master and Commander: the Far Side of the
World, realizado em 2003 e que teve como protagonista o actor Russel Crowe.
O navio é uma réplica da fragata britânica HMS Rose que participou na Guerra da Independência dos Estados Unidos e
que foi construída em 1969. É um grande navio com 179 pés de comprimento e cujo
mastro principal tem 130 pés de altura, mas que esteve abandonado em Newport até
que a 20th Century Fox o adquiriu por 1,5 milhões de dólares, mudou o seu nome
de Rose para Surprise e o remodelou, após o que foi levado para San Diego, via
canal do Panamá.
Num livro de muito sucesso agora publicado com o título “All
Hands on Deck”, o autor Will Sofrin conta a história do navio e da viagem de
6.000 milhas feita entre Newport (Rhode Island) e San Diego (Califórnia), na
qual foi um dos seus trinta tripulantes e que classificou como “angustiante”
devido às difíceis condições meteorológicas que encontraram.
Depois das
filmagens em que o HMS Surprise foi a
estrela de um filme de Hollywood que se tornou famoso, o navio foi adquirido pelo Museu Marítimo de
San Diego e hoje faz parte da sua colecção de navios, sendo também um ex-libris
da cidade que recorda o filme ali produzido.
A boa imprensa é aquela que divulga histórias como esta.