No quadro da
globalização e, em especial, da abertura económica que hoje caracteriza a União
Europeia, as cidades competem para valorizar a sua base económica e para atrair
actividades e recursos. O caso da Agência Europeia do Medicamento que vai sair
de Londres e para a qual se candidataram 19 cidades para a acomodar no futuro,
mostra como é dura a luta das cidades para atrair organizações, actividades,
eventos, congressos, investimentos e tudo o que possa gerar rendimentos, criar
empregos, aumentar a notoriedade, valorizar a sua imagem e atrair visitantes.
Portugal e em
particular a sua capital não têm descurado esta nova filosofia. Apesar de ser
um país e periférico e de muitas vezes não poder competir com os seus parceiros
economicamente mais fortes, Portugal tem desenvolvido um significativo esforço
no sentido de se modernizar e de atrair grandes eventos internacionais. Assim
aconteceu com a Expo 98, com o Euro 2004 e com a Web Summit 2016, mas também com o Rock in Rio que é um dos maiores festivais de música do mundo e que
desde 2004 se tem realizado em Lisboa ou com a Volvo Ocean Race, a volta ao mundo à vela que desde 2012 escala o
porto de Lisboa. A cidade de Lisboa tem sido a cidade portuguesa mais
beneficiada com estes eventos, tendo aproveitado a sua relação íntima com o rio
Tejo para se afirmar, daí resultando que tenha sido contemplada com a
construção de novas infraestruturas que vêm harmonizando essa relação, muito
importante para o turismo e para a economia do mar.
Depois da
construção do Centro de Investigação para
o Desconhecido da Fundação Champalimaud, um projeto de autoria do
arquitecto goês Charles Correa que foi inaugurado em 2010 e do MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e
Tecnologia que foi concebido pela arquitecta britânica Amanda Levete,
inaugurado em 2016, está em vias de ser inaugurado o novo Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia, uma obra da autoria do
arquitecto Carrilho da Graça.
Hoje o jornal Público
publicou uma entrevista com o autor da obra e, por acaso, havia hoje 4 grandes
navios de cruzeiro atracados nos cais adjacentes ao novo Terminal, a mostrar
que o turismo de massa está em Lisboa.