quinta-feira, 17 de agosto de 2023

A nova geopolítica do futebol global

O mundo está a mudar demasiado depressa em todos os domínios e em todas as geografias e, muitas vezes, os humanos nem se apercebem como a mudança é rápida e incontrolável. Até o futebol, que é um belo espectáculo artístico que entusiasma e diverte meio mundo, está em acelerada mudança e, cada vez mais, parece jogar-se fora dos relvados e estar transformado num negócio com contornos quase obscenos.
Durante muitos anos, o sonho dos futebolistas de todo o planeta era jogar na Europa, sobretudo na 1ª Liga Inglesa e em grandes equipas como o Manchester United, o Real Madrid ou a Juventus. Porém, nos últimos tempos, também o mundo do futebol foi surpreendido por mudanças rápidas e inimagináveis, quando o futebolista Cristiano Ronaldo decidiu ir jogar para a Arábia Saudita e, logo a seguir, também o futebolista Lionel Messi optou por jogar nos Estados Unidos, isto é, apesar de estarem na fase descendente das suas carreiras, os dois mais famosos futebolistas do século XXI não resistiram ao apelo do dinheiro. O mundo do futebol anda deslumbrado com tanto dinheiro e muitos futebolistas deixaram-se contagiar, arrastando consigo legiões de elementos que os acompanham, onde se incluem treinadores, preparadores físicos, directores desportivos e muitos outros agentes ligados a este mundo, mais dominado pelo dinheiro do que pela arte do futebol.
Na sua mais recente edição a revista brasileira Placar trata da “antiga geopolítica da bola” e da nova ordem mundial, destacando na sua primeira página as fotografias dos dois futebolistas que renunciaram às elites europeias que dominaram o futebol e simbolizam a nova geopolítica da bola.