O mundo está a
mudar demasiado depressa em todos os domínios e em todas as geografias e,
muitas vezes, os humanos nem se apercebem como a mudança é rápida e
incontrolável. Até o futebol, que é um belo espectáculo artístico que
entusiasma e diverte meio mundo, está em acelerada mudança e, cada vez mais,
parece jogar-se fora dos relvados e estar transformado num negócio com
contornos quase obscenos.
Durante muitos
anos, o sonho dos futebolistas de todo o planeta era jogar na Europa, sobretudo
na 1ª Liga Inglesa e em grandes equipas como o Manchester United, o Real Madrid
ou a Juventus. Porém, nos últimos tempos, também o mundo do futebol foi
surpreendido por mudanças rápidas e inimagináveis, quando o futebolista
Cristiano Ronaldo decidiu ir jogar para a Arábia Saudita e, logo a seguir,
também o futebolista Lionel Messi optou por jogar nos Estados Unidos, isto é,
apesar de estarem na fase descendente das suas carreiras, os dois mais famosos
futebolistas do século XXI não resistiram ao apelo do dinheiro. O mundo do
futebol anda deslumbrado com tanto dinheiro e muitos futebolistas deixaram-se
contagiar, arrastando consigo legiões de elementos que os acompanham, onde se
incluem treinadores, preparadores físicos, directores desportivos e muitos
outros agentes ligados a este mundo, mais dominado pelo dinheiro do que pela
arte do futebol.
Na sua mais
recente edição a revista brasileira Placar trata da “antiga geopolítica
da bola” e da nova ordem mundial, destacando na sua primeira página as
fotografias dos dois futebolistas que renunciaram às elites europeias que
dominaram o futebol e simbolizam a nova geopolítica da bola.
Sem comentários:
Enviar um comentário