Continua muito
activa, agressiva e persistente a onda calor que está a afectar várias regiões
do hemisfério norte e as televisões vão mostrando as calamidades ecológicas, a
ansiedade das populações e, em alguns casos, também as tragédias humanas que vão
acontecendo em diferentes regiões do mundo.
A ilha hawaiana
de Maui e a cidade de Lahaina foram vítimas do pior desastre natural que o
arquipélago alguma vez suportou, enquanto a atlântica ilha de Tenerife também
enfrenta um incêndio florestal de grandes dimensões, que já obrigou à evacuação
de milhares de pessoas. Porém, os incêndios que têm afectado o Canadá, antes na
província do Quebec e agora na província da Colúmbia Britânica, têm mostrado
uma preocupante dimensão e perigosidade, tendo obrigado alguns milhares de
pessoas a deixar as suas casas para evitar a ameaça do fogo. Na pequena cidade
de Yellowknife, a capital e principal comunidade dos Territórios do Noroeste,
que fica situada a cerca de 400 quilómetros do círculo polar ártico, as
autoridades estão a tentar retirar todos os seus vinte mil moradores para os
proteger da ameaça do fogo.
O jornal The Globe
and Mail que se publica em Toronto e noutras seis cidades canadianas, destacou
na sua edição de ontem os incêndios florestais que assolam o país e escolheu a
palavra inferno, para definir a
gravíssima situação que afecta muitas regiões do planeta e nos remete - a todos - para o problema das alterações climáticas.
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