Os Grão-Duques do
Luxemburgo estão desde ontem em visita oficial a Portugal, tendo sido cumpridas
as formalidades protocolares que são devidas aos Chefes de Estado estrangeiros,
incluindo honras militares, a que se seguiu um encontro no Palácio de Belém,
onde o Presidente da República afirmou que Portugal e o Luxemburgo estão
“totalmente de acordo” na União Europeia e na NATO, com “os mesmos pontos de
vista” sobre a situação que se vive na Europa. Nessa oportunidade, fez bem em agradecer
a forma como o Luxemburgo tem acolhido e integrado a comunidade portuguesa naquele país, que
actualmente tem cerca de 90 mil cidadãos, que representam cerca de 15% da
população do Grão-Ducado.
Marcelo Rebelo de
Sousa já fizera uma visita oficial ao Luxemburgo em 2017 e os Grão-Duques já
tinham visitado Portugal em 2010.
O Grão-Duque Henrique, segundo relata a edição de
hoje do jornal Le Quotidien, referiu que existe uma regra luxemburguesa que interdita
uma segunda visita de Estado ao mesmo país, mas que “a relação excepcional com
Portugal” justifica esta sua segunda visita. Depois, ainda de acordo com o
jornal luxemburguês, “de manière sincére”, o grão-Duque saudou “l’apport inouï de la population portugaise à la
construction du Luxembourg”. O Presidente da
República acompanhou os visitantes num passeio de carro eléctrico por alguns
bairros históricos da cidade de Lisboa, que terminou no Miradouro das Portas do
Sol, no bairro de Alfama, tendo à noite oferecido um jantar no Palácio Nacional da
Ajuda, em honra dos visitantes luxemburgueses.
Curiosamente, a
imprensa portuguesa esqueceu completamente a visita oficial dos Grão-Duques do
Luxemburgo, porque nisso de visitas oficiais só lhe interessam as que
faz Marcelo Rebelo de Sousa ao estrangeiro e que os leva na sua comitiva a bordo do Falcon, evidentemente à custa do pobre do contribuinte.