Alguns jornais de
referência americanos destacam hoje que começou a transição da administração de
Donald Trump para a administração de Joe Biden e essa é a notícia de primeira
página do The New York Times. Para além das notícias relativas à euforia
em torno das vacinas que nos vão proteger da epidemia do covid-19 e das notícias nacionais sobre a outra epidemia que nos
assalta que é o futebol que se está a tornar na coisa mais importante da
sociedade portuguesa, a grande notícia do dia é mesmo o início da transição das
administrações nos Estados Unidos.
A Administração
dos Serviços Gerais dos Estados Unidos apurou que Joe Biden foi o vencedor das
eleições de 3 de Novembro. As acusações televisivas com que o Donald procurou
criar uma onda generalizada de apoio às suas mentiras não resultaram, assim
como as impugnações de resultados que tinha tentado por via judicial vieram a ser derrotadas na
Pensilvânia e na Geórgia e, agora, no Michigan. Depois de derrotado nas urnas,
o Donald está a ser derrotado em todas as instâncias judiciais e, perante essas
evidências, deu finalmente instruções para que a sua equipa iniciasse o
processo de transição, embora continue a considerar fraudulentos os resultados
que o derrotaram. Com esta decisão foi aberta a porta para que Joe Biden possa
aceder às agências e fundos federais necessários para constituir a
administração que, a partir de 20 de Janeiro e durante quatro anos, vai
governar os Estados Unidos.
Já muito foi dito
sobre a personalidade assimétrica daquele que durante quatro anos dirigiu os
Estados Unidos e a forma desprestigiante como conduziu a política externa
americana. Os americanos rejeitaram o Donald, mas o mundo também estava farto
dele. Faltam menos de dois meses para que o mundo possa voltar a olhar os
Estados Unidos com mais confiança, com mais vontade de cooperação e com mais
respeito.