Nicolás Maduro Moros foi hoje empossado como presidente da República
Bolivariana da Venezuela e prestou juramento perante
o Supremo Tribunal de Justiça venezuelano, iniciando um segundo mandato quando
o país está mergulhado numa crise económica, social e humanitária, sem fim à
vista.
A Assembleia Nacional venezuelana, que
é o orgão constitucional que deveria dar posse a Maduro, não alinhou na
cerimónia que classificou como uma fraude, resultante da outra fraude que foi a
eleição presidencial realizada no passado mês
de Maio, em que a oposição não participou por falta de condições democráticas.
Da mesma forma, tanto a União Europeia, como o Grupo de Lima –
composto por 14 países do continente americano, incluindo os Estados Unidos, que
foi criado para dar resposta à crise venezuelana – não reconheceram a legitimidade
nem o resultado da votação que lançou Maduro para mais seis anos de poder. Para
ambas as organizações, apenas a Assembleia Nacional representa o poder político
na Venezuela e o seu presidente, o jovem engenheiro Juan Guaidó de 35 anos de
idade, já afirmou que “a partir de 10 de Janeiro, Maduro estará a usurpar a Presidência da República.
Estamos em ditadura”. A Venezuela está muito isolada na cena internacional e a
atravessar uma gravíssima crise. Até há quem pense em intervenções armadas
externas ou em guerras civis.
Analisando a imprensa
internacional, verifica-se que a posse de Maduro foi absolutamente ignorada,
inclusive na América Latina e na Espanha. A excepção foi… Portugal, onde o Público, o JN e o DN, trataram de
publicar na sua primeira página a fotografia de Nicolás Maduro.
Ainda estou a
pensar porque terá sido que deram tanto destaque a este maduro.