A tecnologia tem
criado condições de segurança nos modernos aviões comerciais e a aviação tornou-se
uma actividade muito segura. Segundo o FlightAware,
uma empresa americana que recolhe informações sobre a navegação aérea em todo o
mundo, através de 32.000 estações em terra situadas em cerca de duzentos países
e de outras fontes informativas, o número médio de aviões que voam ao mesmo
tempo no nosso planeta é 9.728 aviões, que transportam 1.270.406 pessoas. Um
outro estudo, com a mesma origem, informa-nos que no dia 6 de Julho de 2023,
houve 250.381 aviões comerciais que nesse dia levantaram voo, dos quais 134.386
eram voos comerciais. Em alguns momentos desse dia, foram registados mais de
20.000 aviões a voar simultaneamente entre diferentes destinos. Tantos voos,
tantos milhões de passageiros e, felizmente, tão poucos acidentes!
É uma
vitória da ciência e da civilização, em tempos de algumas guerras…
Porém, ontem no
Aeroporto Internacional de Haneda, em Tóquio, um Airbus A350-900 da Japan
Airlines (JAL), que fazia o voo doméstico JAL 516, incendiou-se na pista depois
de colidir com uma aeronave da Guarda Costeira Japonesa, que se preparava para
levantar voo em auxílio das vítimas do sismo que afectou a região central do
Japão. O A350 da JAL rolou pela pista, envolto em chamas mas, com surpresa
geral, em menos de dois minutos todos os 367 passageiros e 12 tripulantes
conseguiram salvar-se, o que demonstra um elevado grau de treino, disciplina e
eficiência das tripulações dos modernos aviões. Entretanto, morreram cinco dos
seis tripulantes da pequena aeronave da Guarda Costeira.
O jornal londrino
The
Guardian publica na sua edição de hoje uma fotografia que hoje ilustra
inúmeras edições de jornais de todo o mundo, referindo o “inferno” das chamas
que envolveram o A350 e salientando que o salvamento de 379 pessoas que iam a
bordo foi um “milagre”.
Realmente, depois
de vermos as imagens televisivas, também podemos afirmar que parece ter sido um
milagre!