O conflito na
Ucrânia tem-se acentuado nos últimos dias e alguma imprensa internacional fala
em “escalada”, pois a cada ataque de uma parte sucede-se a retaliação da outra
parte, o que significa um agravamento da situação e que a paz pode estar mais
longe.
Acontece que no dia 29 de Dezembro os russos bombardearam várias cidades
ucranianas, como Kiev, Kharkiv, Lviv e Odessa e, segundo as autoridades
ucranianas, foram utilizados 158 mísseis de cruzeiro, balísticos e
hipersónicos, além de drones, muito acima da média dos ataques feitos ao longo
do ano, de que terão resultado 30 mortos. No dia seguinte (30 de Dezembro) os
ucranianos responderam com um ataque à cidade russa de Belgorod de que terão
resultado 18 mortos, mas os russos acusaram os ucranianos de terem usado bombas
de fragmentação, prometeram retaliar e pediram uma reunião urgente do Conselho
de Segurança das Nações Unidas. Na terça-feira (2 de Janeiro) as cidades de
Kiev e Kharkiv foram atingidas por uma vaga de mísseis russos, que foi descrita
como “a mais intensa desde que começou a invasão russa”. O jornal francês Le Télégramme
que se publica na cidade de Brest, destaca hoje em título de primeira página a “chuva
de mísseis sobre a Ucrânia” e publica uma fotografia alusiva a esses efeitos.
Esta anormal
intensidade dos ataques russos parece estar relacionada com as dificuldades internas
e externas que atravessa o regime de Volodymyr Zelensky, por não haver
garantias de apoio dos americanos e de outros países ocidentais, mas os ataques
russos também visarão desmoralizar a população quando se aproxima “o duro
inverno ucraniano”.
O presidente
Zelensky anunciou que “a Rússia usou cerca de 300 mísseis e 200 drones em cinco
dias”, mas este anúncio pode significar uma pressão adicional para que o apoio
ocidental continue como até agora e resista ao cansaço financeiro e às posições
das suas opiniões públicas. Por isso, segundo refere a imprensa internacional, Zelensky poderá
ter que fazer “escolhas difíceis” nos próximos tempos.
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