quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

A perigosa escalada do conflito ucraniano

O conflito na Ucrânia tem-se acentuado nos últimos dias e alguma imprensa internacional fala em “escalada”, pois a cada ataque de uma parte sucede-se a retaliação da outra parte, o que significa um agravamento da situação e que a paz pode estar mais longe.
Acontece que no dia 29 de Dezembro os russos bombardearam várias cidades ucranianas, como Kiev, Kharkiv, Lviv e Odessa e, segundo as autoridades ucranianas, foram utilizados 158 mísseis de cruzeiro, balísticos e hipersónicos, além de drones, muito acima da média dos ataques feitos ao longo do ano, de que terão resultado 30 mortos. No dia seguinte (30 de Dezembro) os ucranianos responderam com um ataque à cidade russa de Belgorod de que terão resultado 18 mortos, mas os russos acusaram os ucranianos de terem usado bombas de fragmentação, prometeram retaliar e pediram uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Na terça-feira (2 de Janeiro) as cidades de Kiev e Kharkiv foram atingidas por uma vaga de mísseis russos, que foi descrita como “a mais intensa desde que começou a invasão russa”. O jornal francês Le Télégramme que se publica na cidade de Brest, destaca hoje em título de primeira página a “chuva de mísseis sobre a Ucrânia” e publica uma fotografia alusiva a esses efeitos.
Esta anormal intensidade dos ataques russos parece estar relacionada com as dificuldades internas e externas que atravessa o regime de Volodymyr Zelensky, por não haver garantias de apoio dos americanos e de outros países ocidentais, mas os ataques russos também visarão desmoralizar a população quando se aproxima “o duro inverno ucraniano”.
O presidente Zelensky anunciou que “a Rússia usou cerca de 300 mísseis e 200 drones em cinco dias”, mas este anúncio pode significar uma pressão adicional para que o apoio ocidental continue como até agora e resista ao cansaço financeiro e às posições das suas opiniões públicas. Por isso, segundo refere a imprensa internacional, Zelensky poderá ter que fazer “escolhas difíceis” nos próximos tempos.

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