segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Pódio em português no Macau Grand Prix

O Grande Prémio de Macau, ou Macau Grand Prix como é conhecido nos meios automobilisticos internacionais, é uma competição motorizada que se realiza em Macau desde 1954 e que teve este ano a sua 63ª edição. Todos os anos, no mês de Novembro, muitos milhares de entusiastas pelas corridas de automóveis e motociclos, incluindo a Fórmula 3, dirigem-se para o território de Macau para assistir às provas do circuito da Guia que duram quatro dias. O circuito percorre as ruas da pequena cidade, intercalando algumas rectas mas, sobretudo, muitas e apertadas curvas, constituindo uma das maiores atracções turísticas de Macau.
Habitualmente mais de três centenas de pilotos participam nas diferentes provas do Grande Prémio de Macau que, na sua galeria de vencedores, inclui os nomes dos lendários Ayrton Senna e Michael Schumacker, entre outros ases do automobilismo mundial.
Ao longo do seu já longo historial apenas um português triunfara numa prova macaense, mas este ano aconteceu o inesperado, pois as duas principais provas do Grande Prémio de Macau foram ganhas por pilotos portugueses.
António Félix da Costa de 25 anos de idade, ao volante de um Dallara Volkswagen, repetiu o seu triunfo de 2012 na prova de Fórmula 3 e Tiago Monteiro de 40 anos de idade, ao volante de um Honda, triunfou na Corrida da Guia para Carros de Turismo. A comunidade portuguesa de Macau deve ter sentido uma enorme alegria com a vitória dos nossos compatriotas e, naturalmente, os jornais portugueses que se publicam em Macau também rejubilaram com este surpreendente resultado, tendo o jornal Tribuna de Macau dedicado a sua primeira página aos dois pilotos portugueses. Embora não seja fã destas provas, associo-me à satisfação dos portugueses de Macau por este resultado desportivo.

Corrupção é coisa que não falta no mundo

A Transparency International é uma organização ou movimento que luta contra a corrupção à escala mundial e que tem o seu secretariado em Berlim. Dispõe de uma rede de observadores em mais de uma centena de países, o que lhe permite conhecer as diferentes formas de corrupção que proliferam no mundo, “desde as mais pobres aldeias rurais da India até aos corredores do poder em Bruxelas”. Desde 1995 que a organização publica anualmente o Corruption Perceptions Index (CPI) que, através da ponderação de algumas variáveis, quantifica o nível de corrupção de cada país. Porém, este indicador é apenas isso, pelo que deve ser analisado com precaução e apenas com um significado tendencial, pelo menos até que haja outro melhor.
O CPI expressa-se de 0 a 100: um menor valor do CPI significa que o país é mais corrupto, enquanto um maior valor do CPI significa que o país é menos corrupto. O CPI 2015 foi agora publicado e, entre 168 países analisados, verifica-se que Portugal ocupa uma posição melhor do que quinze dos seus parceiros comunitários, incluindo a Espanha, a Itália  e a Grécia, tendo havido alguma melhoria de 2010 para 2015. É animador. Entretanto, o CPI 2015 coloca Angola na 163ª posição do ranking mundial com 15 pontos, tendo piorado desde 2010, quando obtivera 19 pontos. O jornal angolano O País reagiu por Angola ter sido colocada pela Transparency International entre os países mais corruptos do mundo, o que afecta a sua imagem externa.
Entretanto, a análise do CPI 2015 revela que, entre os países da CPLP, o seu posicionamento no ranking da corrupção é o seguinte: Portugal (28º com 63 pontos), Cabo Verde (40º com 55 pontos), São Tomé e Príncipe (66º com 42 pontos), Brasil (76º com 38 pontos), Moçambique (112º com 31 pontos), Timor Leste (123º com 28 pontos), Guiné-Bissau (158º com 17 pontos e Angola (163º com 15 pontos).
Segundo CPI 2015, o país menos corrupto do mundo é a Dinamarca (91 pontos) e o mais corrupto é a Somália (8 pontos).