A Transparency
International é uma organização ou movimento que luta contra a corrupção à
escala mundial e que tem o seu secretariado em Berlim. Dispõe de uma rede de
observadores em mais de uma centena de países, o que lhe permite conhecer as
diferentes formas de corrupção que proliferam no mundo, “desde as mais pobres
aldeias rurais da India até aos corredores do poder em Bruxelas”. Desde 1995 que
a organização publica anualmente o Corruption Perceptions Index (CPI) que,
através da ponderação de algumas variáveis, quantifica o nível de corrupção de
cada país. Porém, este indicador é apenas isso, pelo que deve ser analisado com
precaução e apenas com um significado tendencial, pelo menos até que haja outro
melhor.
O CPI
expressa-se de 0
a 100: um menor valor do CPI significa que o país é mais
corrupto, enquanto um maior valor do CPI significa que o país é menos corrupto.
O
CPI 2015 foi agora publicado e, entre 168 países analisados, verifica-se que
Portugal ocupa uma posição melhor do que quinze dos seus parceiros comunitários,
incluindo a Espanha, a Itália e a
Grécia, tendo havido alguma melhoria de 2010 para 2015. É animador. Entretanto,
o CPI 2015 coloca Angola na 163ª posição do ranking mundial com 15
pontos, tendo piorado desde 2010, quando obtivera 19 pontos. O jornal angolano
O
País reagiu por Angola ter sido colocada pela Transparency International
entre os países mais corruptos do mundo, o que afecta a sua imagem externa.
Entretanto, a
análise do CPI 2015 revela que, entre os países da CPLP, o seu posicionamento no
ranking da corrupção é o seguinte:
Portugal (28º com 63 pontos), Cabo Verde (40º com 55 pontos), São Tomé e
Príncipe (66º com 42 pontos), Brasil (76º com 38 pontos), Moçambique (112º com
31 pontos), Timor Leste (123º com 28 pontos), Guiné-Bissau (158º com 17 pontos e
Angola (163º com 15 pontos).
Segundo CPI
2015, o país menos corrupto do mundo é a Dinamarca (91 pontos) e o mais corrupto
é a Somália (8 pontos).
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