terça-feira, 26 de junho de 2018

A popularidade do futebol é planetária

O Campeonato do Mundo de Futebol é o grande acontecimento do momento e os grandes jornais internacionais, inclusive nos países que estão ausentes dos estádios russos, dão ao tema grandes espaços que parecem ensombrar quaisquer outros assuntos. As primeiras páginas desses jornais são por vezes ilustradas com as fotografias mais expressivas da competição ou dos mais famosos artistas da bola, mesmo quando as suas prestações ficam aquém do esperado.
Depois do Wall Street Journal ter destacado Cristiano Ronaldo na sua primeira página, hoje foi a Folha de S. Paulo que dedicou uma espécie de tríptico fotográfico a Cristiano Ronaldo, apesar dele ter falhado um penalti contra o Irão e de ter sido admoestado com um cartão amarelo nesse mesmo jogo, facto que deixou um tal Queirós muito furioso porque, segundo ele, uma cotovelada daquelas tinha que levar um cartão vermelho. Mesmo quando cai e não marca golos, a popularidade de Cristiano Ronaldo é muito grande, mesmo no Brasil onde pontificam os ídolos Neymar da Silva e Phillipe Coutinho.
Porém, não se julgue que Cristiano Ronaldo é o único artista a ocupar algumas primeiras páginas de jornais internacionais, pois Moahamed Salah já apareceu na capa do The New York Times e Harry Kane apareceu na capa de muitos jornais ingleses. Já os grandes artistas argentinos e brasileiros, tal como as suas equipas, ainda não desiludiram mas têm estado próximo disso, pelo que até agora têm sido um pouco ignorados. Porém, o campeonato ainda está na sua fase preliminar e a imprensa mundial não vai deixar de aproveitar as fotografias dos melhores artistas para alimentar o entusiasmo dos seus leitores.

Viva o VAR (video assistant referre)...

O Campeonato do Mundo de Futebol teve ontem dois importantes jogos, um em que a equipa portuguesa defrontou o Irão e outro em que a selecção espanhola jogou com a equipa de Marrocos. Os jogos disputaram-se em simultâneo e a cada uma das equipas ibéricas bastava um empate para passarem à fase seguinte da competição. Porém, quando terminou o tempo regulamentar Portugal vencia o Irão e a Espanha perdia com Marrocos, o que significava que Portugal estava em vias de ganhar o seu grupo de apuramento. Até que surgiu o minuto 91, que o jornal as classificou como “digno de Hitchcock”. Foi então que os espanhóis meteram um golo duvidoso que o VAR decidiu validar e que fez com que a eminente derrota se transformasse num empate. Ao mesmo tempo, um lance duvidoso na área portuguesa suscitou dúvidas e o VAR decidiu que era penalti contra Portugal que, depois de transformado, fez com que a eminente vitória se transformasse num empate. Com esta reviravolta, os espanhóis ganharam o grupo e os portugueses ficaram em 2º lugar, mas ambos foram apurados para os oitavos de final em que vão defrontar a Rússia e o Uruguai. A imprensa espanhola desfez-se em elogios ao VAR... Foi realmente um minuto digno de Hitchcock.
A prestação portuguesa tem sido insatisfatória. Ontem, mais uma vez, os jogadores estiveram abaixo do que se desejava, embora tivessem sofrido com o calor e, sobretudo, com a agressividade dos seus adversários iranianos que, instruídos por um seleccionador português, tudo fizeram para os provocar. Queirós queria ganhar. Era legítimo, porque estava muito dinheiro a caminho dos seus bolsos, mas perdeu a compostura e o fair-play. Muito fez ele, ou mandou fazer, para que Ronaldo fosse expulso. E quase conseguiu...