Os Jogos do Mediterrâneo que, de quatro em quatro anos, se realizam desde
1951 e nos quais participam, através dos respectivos comités olímpicos, os
países da orla do Mediterrâneo, terminam hoje em Tarragona. Era previsto que
esta 18ª edição se realizasse em 2017, mas devido à instabilidade política e
social que afectou a Catalunha no ano passado, os XVIII Jogos do Medioterrâneo foram
adiados para o ano de 2018.
Participaram cerca de 4 mil atletas de 26 países mediterrânicos e, pela
primeira vez, Portugal foi convidado para participar, tendo-se apresentado na
cidade catalã com uma comitiva de 232 atletas para competir em 29 modalidades. Neste
ano de estreia, a delegação portuguesa conquistou 24 medalhas, sendo três de ouro, oito
de prata e treze de bronze, tendo as medalhas de ouro sido conquistadas no
triatlo masculino e feminino e na hipismo por equipas. As restantes medalhas de prata e de bronze
foram conquistadas nas modalidades de tiro, natação, canoagem, ciclismo,
atletismo, judo, taekwondo, ténis de mesa e basquetebol feminino. O
número de medalhas conquistadas colocou Portugal no 13º lugar no ranking do medalheiro onde se encontram
a Itália (155), a Espanha (120), a França (99),
a Turquia (95), o Egipto e a Grécia (45), a Eslovénia (36) e a Sérvia
(31). Porém, ser o 13º numa lista de 26 países não é mau nem bom, antes pelo contrário...
Os
meios de comunicação portugueses quase ignoraram este acontecimento desportivo,
limitando-se a uns brevíssimos apontamentos com classificações, pois andavam
demasiado ocupados com o futebol. Alguns atletas portugueses que competiram em
Tarragona fizeram oportunas declarações a lamentar o desinteresse da
comunicação social portuguesa por estes Jogos e pelas chamadas modalidades
amadoras, mas também pelo seu enfeudamento à indústria do futebol. E têm toda a
razão!
Os
XIX Jogos do Mediterrâneo disputam-se em 2021 na cidade argelina de Oran e só
há que esperar que os resultados possam ser ainda melhores do que aqueles que se verificaram em Tarragona.