A orla europeia
do mar Mediterrâneo tem estado debaixo de uma intensa vaga de calor, sobretudo
na Grácia e na Itália. Trata-se, sem dúvida, de mais um efeito das alterações
climáticas por que está a passar o nosso planeta.
Na Grécia mais
vinte mil pessoas foram retiradas da ilha de Rodes, devido a um gigantesco
incêndio que lavra há mais de uma semana, mas há outros incêndios que lavram
por todo o território grego. No caso da Itália sucedem, em simultâneo, duas
ocorrências meteorológicas de características opostas, pois enquanto no Norte
há inundações, tornados e granizo gigante, no Sul o calor é abrasador e os
incêndios têm sido devastadores. Ambos já causaram vítimas e o jornal La
Stampa, que se publica em Turim, destaca na sua edição de hoje o título
Inferno Italia. O governo italiano
anunciou que vai declarar o estado de emergência em várias regiões que têm sido
mais afectadas por tempestades e incêndios, tendo pedido à Comissão Europeia o
reforço da frota de aviões que já tinham sido enviados por Bruxelas para
combater os incêndios.
Tudo isto
acontece como se fosse uma situação imprevista, o que é lamentável. É caso para
ficarmos muito preocupados com o que andam a fazer os líderes europeus que
tantas vezes se reúnem e que não têm soluções para este grave problema
ambiental, hoje na Grécia e na Itália, mas amanhã em Portugal.