O Instituto
Nacional de Petróleo de Moçambique anunciou e o jornal O País divulgou a
notícia: o casco da plataforma FLNG (Floating
Liquefied Natural Gas) destinado ao Coral Sul, o campo de gás que vai ser
explorado na Área 4 da bacia do rio Rovuma, no norte de Moçambique, já largou
da Coreia do Sul e vai a caminho do seu fundeadouro.
A infraestrutura
flutuante tem 432 metros de comprimento por 66 metros de largura e pesa cerca
de 140.000 toneladas, estando já instalado o módulo de habitação de oito
andares, que poderão acomodar até 350 pessoas.
Será a primeira
plataforma flutuante construída especificamente para a África a instalar em
águas profundas e o início da produção de gás está previsto para 2022, a partir
de seis poços submarinos perfurados a profundidades da ordem dos três mil metros,
que alimentarão as unidades de liquefação insdtaladas na plataforma FLNG.
As
concessionárias da área 4 da bacia do Rovuma incluem a Mozambique Rovuma
Venture (MRV), uma joint-venture
entre a italiana Eni, a americana ExxonMobil e a chinesa CNODC que detém 70% do
capital do projecto, estando os restantes 30% distribuídos pela Empresa
Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique EP, pela Kogas Moçambique, Lda. e
pela Galp Energia Rovuma BV. São capitais multinacionais de várias origens e ao
vermos a lusitana Galp Energia envolvida neste projecto procuramos recolher
mais informação, verificando que a Galp Energia Rovuma BV tem a sua sede na
Holanda, isto é, "multinacionalizou-se", sabe-se lá porquê...
Para quem muito
navegou naquelas águas da bacia do Rovuma, causa uma natural impressão imaginar
uma tão grande estrutura num local onde o mar era livre e aquelas plataformas
ainda não perturbavam a paisagem marítima, como vai acontecer em breve.