quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Plataforma gigante a caminho do Rovuma

O Instituto Nacional de Petróleo de Moçambique anunciou e o jornal O País divulgou a notícia: o casco da plataforma FLNG (Floating Liquefied Natural Gas) destinado ao Coral Sul, o campo de gás que vai ser explorado na Área 4 da bacia do rio Rovuma, no norte de Moçambique, já largou da Coreia do Sul e vai a caminho do seu fundeadouro.
A infraestrutura flutuante tem 432 metros de comprimento por 66 metros de largura e pesa cerca de 140.000 toneladas, estando já instalado o módulo de habitação de oito andares, que poderão acomodar até 350 pessoas.
Será a primeira plataforma flutuante construída especificamente para a África a instalar em águas profundas e o início da produção de gás está previsto para 2022, a partir de seis poços submarinos perfurados a profundidades da ordem dos três mil metros, que alimentarão as unidades de liquefação insdtaladas na plataforma FLNG.
As concessionárias da área 4 da bacia do Rovuma incluem a Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint-venture entre a italiana Eni, a americana ExxonMobil e a chinesa CNODC que detém 70% do capital do projecto, estando os restantes 30% distribuídos pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique EP, pela Kogas Moçambique, Lda. e pela Galp Energia Rovuma BV. São capitais multinacionais de várias origens e ao vermos a lusitana Galp Energia envolvida neste projecto procuramos recolher mais informação, verificando que a Galp Energia Rovuma BV tem a sua sede na Holanda, isto é, "multinacionalizou-se", sabe-se lá porquê...
Para quem muito navegou naquelas águas da bacia do Rovuma, causa uma natural impressão imaginar uma tão grande estrutura num local onde o mar era livre e aquelas plataformas ainda não perturbavam a paisagem marítima, como vai acontecer em breve.