sábado, 15 de dezembro de 2018

Submarino moderniza Marinha do Brasil

No Complexo Naval de Itaguaí, situado no litoral sul do Rio de Janeiro, realizou-se ontem a cerimónia de lançamento à água do novo submarino Riachuelo, a que assistiram o Presidente da República em exercício e o Presidente recém eleito, para além de muitas outras individualidades. O acontecimento foi enaltecido na imprensa, nomeadamente na Folha de S.Paulo, pois como afirmou Michel Temer, “o dia 14 de dezembro de 2018 é uma data que ficará marcada em nossa história, pois o lançamento ao mar do primeiro submarino de fabricação nacional é motivo de imenso orgulho para todos os brasileiros”. O novo submarino faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos que foi negociado em 2008 entre os Presidentes Lula da Silva e Nicolas Sarkozy e, de acordo com a Marinha, já foram investidos 3,9 mil milhões de euros no programa que, até 2029, se estima venha a exigir 35 mil milhões de reais que, ao câmbio actual, correspondem a 7,9 mil milhões de euros.
Trata-se de uma parceria resultante de um acordo de defesa e transferência de tecnologia entre as indústrias francesa e brasileira, de que resultou a criação da Itaguaí Construções Navais, que é a única empresa que fabrica submarinos no hemisfério sul.
O Riachuelo é o primeiro de uma série de quatro submarinos convencionais da classe Scorpène e de um submarino nuclear que estão a ser construídos no âmbito do programa franco-brasileiro, mas enquanto os submarinos convencionais já começaram a ser construídos e ficarão prontos até o final de 2022, o submarino nuclear só ficará pronto em 2029. De acordo com a Marinha do Brasil, o novo submarino tem autonomia para mais de 70 dias e será usado na fiscalização de cerca de 7 mil quilômetros do litoral brasileiro, também chamado de Amazónia Azul.