sexta-feira, 2 de junho de 2023

Canadá: alterações climáticas e incêndios

No dia 19 de Maio referimos aqui os megaincêndios florestais que estavam a afectar gravemente as províncias canadianas de Alberta, Colúmbia Britânica, Manitoba e Saskatchewan, onde alguns milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas. Hoje, a edição do Journal de Montréal anuncia um “alerte extrême” na província do Québec, pois há cem incêndios activos na região e cerca de 250 mil quebequenses estão sem electricidade, o que significa “uma dura jornada para os bombeiros”. “Nunca tinha sido visto nada assim”, diz o jornal. 
Uma vez mais, as alterações climáticas estão na ordem do dia no Canadá, tal como por todo o nosso planeta, sendo os incêndios florestais um dos fenómenos naturais mais frequentes e de consequências mais trágicas, estando a ameaçar seriamente a província do Québec.
O Québec é a maior das dez províncias do Canadá, tem uma superfície de 1.542.056 km2 (16 vezes maior que Portugal e três vezes maior do que a França!) e é a segunda província mais populosa do Canadá com mais de oito milhões de habitantes. A população é maioritariamente francófona e o francês é a sua língua oficial. A capital é a cidade do Québec, mas a maior cidade é Montreal, que alberga quase metade da população da província e é considerada um líder mundial em pesquisa científica, como mostram os dez Prémio Nobel já recebidos pelos seus investigadores.
A área florestal total da província é estimada em 750.000 km2, cobrindo mais de metade do território. Há uma centena de incêndios activos e esse facto constitui uma grande ameaça, havendo populações evacuadas em muitas áreas mais afectadas.
É tempo das autoridades mundiais voltarem a pensar num dos principais problemas do nosso tempo: as alterações climáticas.

As boas memórias de Portugal em Macau

Depois de três anos em que esteve suspenso devido à epidemia de covid-19, o território de Macau volta a celebrar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Na sua última edição o jornal hoje macau dedica uma extensa reportagem à “hora de Portugal”, ou a “um mês português”, apresentando a programação destas celebrações, que inclui cerca de duas dezenas de iniciativas culturais, com destaque para o cinema, a música e várias exposições, a introdução de um roteiro gastronómico que conta com a participação de onze restaurantes para “comer e beber à portuguesa” e a realização de seminários e conferências dedicados à ciência e à economia. O programa estende-se até ao dia 4 de Setembro, mas tem os seus pontos mais altos no dia 10 de Junho com a tradicional romagem à Gruta de Camões e a recepção à comunidade portuguesa, mas também no dia 17 de Junho em que se realizará um concerto pelo músico português André Sardet.
O Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong e o Cônsul-geral Alexandre Leitão têm dinamizado este programa, a que estão associadas diversas organizações portuguesas ou macaenses, como o Instituto Português do Oriente (IPOR), a Fundação Oriente, a Escola Portuguesa de Macau, o Círculo dos Amigos da Cultura de Macau (CAC) e a Casa de Portugal em Macau, entre outras, assim como muitos elementos da comunidade portuguesa. 
Para quem está longe do país e tem a saudade inscrita no seu quotidiano, estas celebrações são sempre um exercício de boas memórias. Para os portugueses que conheceram e viveram em Macau é, certamente, um motivo de grande satisfação saberem que a cultura e as tradições portuguesas continuam vivas na Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China (RAEM).