Numa altura em
que A situação no Médio Oriente se agrava e em que a imprensa mundial se
reparte entre os que “defendem o direito de Israel a defender-se” e aqueles que
“defendem os direitos do povo palestiniano”, a manchete escolhida hoje pelo centenário tabloide britânico Daily Mirror vai directa ao assunto:
isto tem que parar.
A história do
conflito é bem conhecida desde 1948, bem como as ocupações ilegais de
território pelos israelitas, a construção de colonatos judeus nesses
territórios, a contínua humilhação dos palestinianos e as Resoluções das Nações
Unidas que aprovaram a criação de um estado judeu e de um estado palestiniano.
Tem sido uma luta constante, sobretudo entre os radicais de ambos os lados, mas
também uma permanente ameaça à paz mundial. A comunidade internacional
distraiu-se e não tratou de encontrar uma “solução justa e duradoura” para este
conflito, embora seja uma missão muito difícil. No dia 7 de Outubro o conflito reacendeu-se com um brutal e cruel
ataque do Hamas que custou muitas vidas civis, a que se seguiu a violenta vingança
israelita. As tomadas de posição e de alinhamento com cada uma das partes têm
acontecido, como se se estivessem a “contar espingardas”. O presidente Joe
Biden foi a correr para Israel, enquanto Antony Blinken tem andado por todo o
Médio Oriente, mas não se sabe exactamente o que querem para além das
declarações de circunstância, quando afirmam que “nunca deixaremos de apoiar
Israel”, que “tem o direito de defender o seu território e o seu povo”.
A frase “This
must end” que hoje faz a manchete do Daily Mail, bem poderia ser a frase
inspiradora para todos os que querem a paz no Médio Oriente e, em especial para
os dirigentes da União Europeia que, como tem acontecido nos últimos tempos,
continuam a dar “tiros nos pés” no que respeita às suas relações
internacionais.