As eleições
gerais no Brasil estão marcadas para o próximo dia 2 de Outubro, o que
significa que estamos a cerca de sessenta dias da sua realização. Nos tempos
que correm, que são de grande instabilidade mundial, o Brasil precisa de uma
presidência respeitada e coerente, para inspirar o progresso económico e social
dos brasileiros e para fazer com que a sua voz seja ouvida internacionalmente.
Todas as eleições
geram expectativas de mudança e o Brasil não escapa a essa regra, tudo se
polarizando em torno de dois candidatos: o actual presidente Jair Bolsonaro e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A campanha eleitoral já está na rua e
as sondagens vão aparecendo, embora haja sondagens para todos os gostos, como
se costuma dizer em Portugal. Porém, a sondagem do Instituto Datafolha publicada
pelo jornal Folha de S.Paulo será, porventura, a mais credível de todas e
se há um mês indicava que as intenções de voto eram de 47% para Lula e de 28%
para Bolsonaro, a mais recente indica os mesmos 47% para Lula e 29% para
Bolsonaro, significando que embora a distância percentual tivesse passado de 19
para 18 pontos percentuais, o candidato Lula mantém-se estável na frente da
corrida eleitoral para o Palácio do Planalto. As sondagens colocam Ciro Gomes,
o candidato do PDT, que é um partido de centro-esquerda, na terceira posição com
8% das intenções de voto, o que potencia um resultado favorável a Luiz Inácio
Lula da Silva logo na 1ª volta, ou na 2ª volta, que se realiza a 30 de Outubro.
Os brasileiros
saberão escolher. Deste lado do Atlântico é muito baixa a estima pelo Jair,
enquanto é grande a simpatia por Luiz Inácio que é considerado um amigo de
Portugal.