Ontem foi o dia em que se esperava que alguma coisa acontecesse na
fronteira venezuelana porque estava anunciada a batalha da ajuda, mas ficou tudo na mesma.
Os dois presidentes venezuelanos, cantaram vitória. Nicolás Maduro cantou vitória porque os camiões com a ajuda humanitária não entraram no país ou foram incendiados, o que mostrou que é ele quem ainda manda e que controla as suas fronteiras. Juan Guaidó perdeu essa batalha mas teve coragem, esteve na frente e com essa atitude acrescentou argumentos à sua liderança do movimento oposicionista venezuelano e ganhou ainda mais simpatias na comunidade internacional.
Os dois presidentes venezuelanos, cantaram vitória. Nicolás Maduro cantou vitória porque os camiões com a ajuda humanitária não entraram no país ou foram incendiados, o que mostrou que é ele quem ainda manda e que controla as suas fronteiras. Juan Guaidó perdeu essa batalha mas teve coragem, esteve na frente e com essa atitude acrescentou argumentos à sua liderança do movimento oposicionista venezuelano e ganhou ainda mais simpatias na comunidade internacional.
Neste imbróglio venezuelano anda envolvida muita gente estrangeira que tem interesses no país, mas terão que ser os venezuelanos a resolvê-lo e de forma pacífica. A ingerência externa não dá bom resultado. Como se viu ontem. Maduro está transformado
num lobo acossado e isso é muito perigoso, enquanto Guaidó está demasiado
deslumbrado pelo apoio de Trump e pelos abraços desse notável estadista que é o pequeno Rangel, o que também é
perigoso.
Mais do que uma necessidade, a ajuda humanitária tem sido um pretexto para
intervir na Venezuela, mas as imagens que nos chegam não mostram uma oposição
carente de ajuda humanitária. De resto, as reportagens televisivas portuguesas
estão instrumentalizadas e limitam-se a fazer umas entrevistas de teor
sensacionalista, sem nada nos dizerem sobre o que está a ser feito nos
bastidores para ultrapassar esta crise e sobre a realização de eleições livres
e justas.
A batalha da ajuda resultou em 4 mortos,
algumas dezenas de feridos (com gás lacrimogéneo e balas de borracha) e 23
deserções das forças policiais ou militares. Foram poucas mortes e poucas
deserções para aquilo que Guaidó e os seus patrocinadores desejavam. O 23 de
Fevereiro não vai ficar na história da Venezuela como o dia em que o chavismo
de Maduro massacrou o povo. A imprensa da América Latina e da Espanha destacaram a Venezuela como o tema dia, mas no resto do mundo não se falou nisso.