A generalidade da
população portuguesa parece já ter compreendido que a situação que se aproxima
é muito séria e está a aceitar com alguma serenidade as recomendações que estão
a ser difundidas pelas autoridades sanitárias. A natureza do covid-19 continua a ser desconhecida,
sobretudo no que respeita à sua incubação e propagação, pelo que ainda não há
vacinas nem terapêuticas para combater esse vírus.
Porém, os casos confirmados de infecção têm aumentado e chegaram à Europa, pelo que a melhor terapêutica é mesmo permanecer em casa, de forma a reduzir o risco de exposição e minimizar as probabilidades de contaminação em cadeia.
Porém, os casos confirmados de infecção têm aumentado e chegaram à Europa, pelo que a melhor terapêutica é mesmo permanecer em casa, de forma a reduzir o risco de exposição e minimizar as probabilidades de contaminação em cadeia.
Aqui em Portugal
estamos em estado de alerta, mas aproxima-se o estado de emergência. As
restrições e as limitações à vida quotidiana dos cidadãos já são enormes e,
nesta altura, a duração desta crise e a sua incidência são imprevisíveis, mas a
população parece aceitar todas as contrariedades para defender a saúde
pública., embora ainda haja quem, irresponsavelmente, acentue mais as
consequências económicas desta crise do que a salvaguarda da vida humana.
No que respeita
ao que se perspectiva para as próximas semanas o panorama é preocupante, pois a
curva epidemiológica que corresponde matematicamente à evolução da
epidemia, está a ser ajustada com os escassos elementos até agora disponíveis, embora
aponte para “dois meses de guerra”, como hoje revela o jornal i. Significa que a
actual fase de propagação está a crescer exponencialmente, mas que não se sabe
quando atingirá (matematicamente) o ponto de inflexão e inverterá a sua
progressão. A confirmar-se a tendência actual, haverá um agravamento
progressivo da situação e o alívio da epidemia só acontecerá entre fins de
Abril e princípios de Maio. Todos teremos que aguentar com muita paciência,
esperar com serenidade e confiar em quem sabe. Há dois meses o coronavírus era
desconhecido e, desde a última semana, tornou-se um grande problema para
Portugal, para a Europa e para o mundo, como se fosse uma terceira guerra
mundial contra um inimigo invisível.