quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Venezuela: Maduro está na mira de Trump

Os principais jornais brasileiros – Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo – destacaram em manchete nas suas edições de hoje a mesma notícia, ao informarem que Donald Trump autorizou uma acção secreta da CIA na Venezuela para derrubar Nicolas Maduro e que, além disso, estava a considerar a hipótese de atacar alvos terrestres no interior do território venezuelano.
É bem conhecida a hostilidade entre os Estados Unidos e o regime autoritário de Nicolas Maduro, que se agravou desde que Donald Trump chegou à Casa Branca. Nas últimas semanas, a pretexto de combaterem na fonte as redes de narcotráfico que abastecem os Estados Unidos, os americanos posicionaram vários navios de guerra nas proximidades das águas territoriais venezuelanas, afundaram várias embarcações alegadamente envolvidas no narcotráfico e puseram os seus bombardeiros a sobrevoar o território venezuelano. Agora, Donald Trump autorizou a CIA a operar secretamente na Venezuela, afirmando que “agora estamos pensando em terra, porque já temos o mar sob controlo” e que “estava considerando atacar alvos terrestres dentro do território venezuelano”.
Todos os sinais apontam para a realização de uma grande operação militar das tropas americanas com o objectivo de derrubar o regime de Nicolas Maduro, provavelmente através de ataques aéreos a alvos importantes para desarticular o quotidiano dos venezuelanos, a que se seguirá uma revolta popular apoiada na força militar. Dizem os analistas que não está claro o que os americanos estão a planear, mas que “estamos na iminência de um ataque em larga escala e que, a ser assim, “será a primeira vez que os Estados Unidos atacam militarmente um país da América do Sul”.
Se uma intervenção destas se concretizar, será uma grosseira violação do Direito Internacional, Trump revela-se igual a Putin e o Prémio Nobel da Paz nunca será para ele. 

Cabo Verde está no FIFA World Cup 2026

A República de Cabo Verde, ou simplesmente Cabo Verde, tem o seu território com cerca de quatro mil quilómetros quadrados de superfície repartido por dez ilhas atlânticas e nele vivem cerca de 500 mil pessoas, embora outras tantas vivam em comunidades fora do país, sobretudo Portugal, Estados Unidos, França, Holanda, Luxemburgo, Angola e Senegal.
Diz-se que os brasileiros são nossos irmãos e que os espanhóis são nuestros hermanos, mas nessa perspectiva os cabo-verdianos são mais do que isso porque, como alguém classificou, eles são os portugueses dos trópicos.
Independente desde 1975 depois de seis séculos de história em comum, a pátria de Amílcar Cabral, Cesárea Évora, Corsino Fortes, Germano de Almeida, Pedro Pires e Tito Paris, mas de tantos outros ilustres cabo-verdianos, tem-se afirmado como um dos mais estáveis países do continente africano. Do ponto de vista cultural, o país que o mundo conhece pela sua musicalidade, é uma conjugação harmoniosa de elementos europeus e africanos, incluindo a língua portuguesa, as práticas religiosas, o estilo de vida, a música, a gastronomia e… o futebol.
E o futebol está na ordem do dia. Na passada segunda-feira a selecção cabo-verdiana de futebol venceu por 3-0 a selecção de Essuatíni (antiga Suazilândia) e garantiu a presença no Mundial de Futebol de 2026. O entusiasmo foi enorme, como se viu nas imagens televisivas, mas o semanário Expresso das Ilhas saudou especialmente este “sonho” que une as dez ilhas cabo-verdianas.
Quando, no dia 11 de Junho de 2026, começar o FIFA World Cup 2026, que pela primeira vez incluirá 48 equipas e se disputará no Canadá, Estados Unidos e México, aqui em Portugal não faltarão adeptos à selecção de Cabo Verde. 
Bravo!