segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Amália Rodrigues homenageada em Goa

Já decorreram quase 60 anos sobre a invasão indiana do Estado Português da Índia, mas os traços da memória cultural portuguesa persistem nesses territórios, não só na língua e no património construído, mas também em muitas práticas culturais.
A homenagem agora feita em Goa a Amália Rodrigues, vinte anos depois da sua morte, revela que a memória da cultura portuguesa sobrevive em Goa e que até mostra um grande dinamismo, pois trata-se de uma iniciativa da própria sociedade civil goesa. Um grupo de músicos goeses decidiu criar o grupo Fado de Goa, que se apresentou hoje na cidade de Pangim e que também se vai apresentar na cidade de Margão, num espectáculo de homenagem em que participam diversos fadistas goeses, curiosamente tratados como “students of Fado de Goa”, embora a figura principal seja Sonia Shirsat, uma fadista goesa que já actuou em Portugal e em diversos países onde está presente a diáspora goesa.
Amália Rodrigues esteve uma única vez em Goa em 1992, quando foi convidada pela Fundação Oriente para se apresentar a um público que apenas conhecia a sua voz a partir dos discos e que então vibrou intensamente com a apresentação da rainha do fado e, ao mesmo tempo, com a voz de Portugal no mundo.
O cartaz que divulga “a tribute to the Queen of Fado” fala por si mesmo: a cultura portuguesa em Goa continua viva.