quinta-feira, 23 de setembro de 2021

O infeliz discurso do Jair em Nova Iorque

Jair Bolsonaro, o presidente da República Federativa do Brasil, foi até Nova Iorque para discursar na 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, tal como outros chefes de estado, mas uma boa parte da imprensa brasileira refere-se a essa sua viagem de forma muito desprestigiante e classifica o seu discurso como polémico e com distorsões e mentiras.
Nas suas edições de ontem a Folha de S. Paulo escreveu que “falácias e descrédito marcam ida de Bolsonaro à ONU”, o Estado de S. Paulo dizia que “Bolsonaro mente dez vezes na ONU” e O Globo destacava que “Presidente distorce factos sobre covid, economia e Amazônia”. O jornal Extra do Rio de Janeiro publicou a fotografia do presidente e diz que “mente que nem sente”. Pode perguntar-se como é possível que um país tão importante na comunidade mundial como é o Brasil, possa ser representado por uma personagem tão vazia como este Jair! De facto, quem o ouviu não teve dificuldade em perceber que o homem se deixou enredar em pura propaganda, o que o ridicularizou perante a Assembleia Geral das Nações Unidas.
Por acaso, também esteve nessa sessão o presidente português que, obviamente, o mundo ouviu muito atento... Antes passeara-se por Nova Iorque, sempre atrás das televisões, a tirar selfies, a fazer declarações redundantes e a insistir em lugares comuns. É uma ânsia de protagonismo exagerada. 
Porém, ao contrário do Jair, o nosso presidente não nos envergonha, embora estas coisas nos custem muito dinheiro. Um outro português que estava na sala era António Guterres, o secretário-geral das Nações Unidas, cujo discurso apelou ao multilateralismo para vencer a pandemia e a crise climática.
Grande António Guterres!