Ontem no Euskalduna Jauregia Bilbao, o grande centro de congressos
da cidade basca, a organização The World’s 50 Best Restaurants (W50BR) anunciou os nomes dos 50 melhores restaurantes do
mundo de 2018 e o primeiro lugar foi atribuido à Osteria Francescana de Modena, seguindo-se o Celler de Can Roca (Girona, Espanha), o Mirazur (Menton, França), o Eleven
Madison Park (Nova Iorque) e o Gaggan
(Banguecoque). A lista dos dez melhores restaurantes do mundo é completada com
dois restaurantes peruanos, um francês e dois espanhóis.
A lista dos 50 melhores restaurantes relativa a 2018 inclui 7
restaurantes espanhóis, 6 restaurantes americanos, 5 restaurantes franceses e 5
restaurantes ingleses, mas dela constam restaurantes de 22 países. Porém nenhum
restaurante português está incluido nessa lista, embora o Restaurante Belcanto se encontre na 78ª posição na lista em vigor
até ontem.
O jornal El Correo deu um grande destaque a este evento realizado em
Bilbau, no qual são destacados e promovidos alguns artistas-cozinheiros ou
cozinheiros-artistas, que se auto-definem como chefs. Pelo que leio e pelas fotografias que vejo, os cozinhados esta gente nada têm que ver com a gastronomia de
antigamente, que era bem temperada, saborosa e com substância, pois muitas
vezes esta nouvelle cuisine não passa
de um amontoado de coisas banais apresentadas com grande sofisticação ou até
com uma estética imaculada, mas que frequentemente não passam de um desafio ao bom senso
e um atentado à boa gastronomia, inclusive no preço obsceno que praticam para
satisfazer certas vaidades. Serão estes os melhores restaurantes do mundo? Duvido e, por isso, posso afirmar que estes restaurantes nunca farão parte da minha lista de preferências, mesmo que me saísse um valente prémio na Lotaria Nacional.