segunda-feira, 1 de maio de 2017

O 1º de Maio como afirmação do trabalho

Hoje é o Dia do Trabalhador que é celebrado em Portugal e em muitos outros países do mundo, sendo um dia feriado em muitos deles.
A sua história começa no dia 1 de Maio de 1886 em Chicago, quando se realizou uma manifestação muito participada a reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, ao mesmo tempo que se realizava uma greve geral nos Estados Unidos. Houve confrontos violentos com a polícia e alguns mortos, mas na sequência destes acontecimentos houve cinco sindicalistas que foram condenados à morte e três que foram condenados a prisão perpétua. O dia 1 de Maio passou a ser uma data evocativa da luta dos trabalhadores de Chicago e, também, dos trabalhadores de todo o mundo.
Na sua edição de hoje, o jornal i dedica a sua primeira página ao 1º de Maio que é o Dia do Trabalhador em Portugal. Porém, este dia só passou a ser comemorado livremente em Portugal depois da revolução do 25 de Abril de 1974, porque durante a Ditadura a sua comemoração era organizada clandestinamente e era fortemente reprimida.
Hoje, o Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado em todo o país, com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo promovidas pelas centrais sindicais, tendo uma acentuada adesão da população trabalhadora. No entanto, para além dos seus aspectos reivindicativos, a que se colam muitas vezes e de forma abusiva os interesses partidários, o 1º de Maio também é uma festa popular que contribui para a dignificação do trabalho e para afirmar a sua importância para o progresso económico do país e para a estabilidade social. Numa época em que o capital financeiro e as doutrinas neoliberais tendem a ser dominantes, o 1º de Maio serve para mostrar o valor do trabalho e para evidenciar que o progresso económico e social só é possível através da articulação entre os factores de produção Capital e Trabalho. Trabalho digno e salário digno, em nome da dignidade da pessoa humana. Como disse, também , o Papa Francisco.
Viva, pois, o 1º de Maio!