Hoje é
o Dia do Trabalhador que é celebrado em Portugal e em muitos outros países do
mundo, sendo um dia feriado em muitos deles.
A sua
história começa no dia 1 de Maio de 1886 em Chicago, quando se realizou uma
manifestação muito participada a reivindicar a redução da jornada de trabalho
para 8 horas diárias, ao mesmo tempo que se realizava uma greve geral nos
Estados Unidos. Houve confrontos violentos com a polícia e alguns mortos, mas
na sequência destes acontecimentos houve cinco sindicalistas que foram
condenados à morte e três que foram condenados a prisão perpétua. O dia 1 de
Maio passou a ser uma data evocativa da luta dos trabalhadores de Chicago e,
também, dos trabalhadores de todo o mundo.
Na sua
edição de hoje, o jornal i dedica a sua primeira página ao 1º de Maio que é o Dia
do Trabalhador em Portugal. Porém, este dia só passou a ser comemorado
livremente em Portugal depois da revolução do 25 de Abril de 1974, porque
durante a Ditadura a sua comemoração era organizada clandestinamente e era
fortemente reprimida.
Hoje,
o Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado em todo o país, com manifestações,
comícios e festas de carácter reivindicativo promovidas pelas centrais
sindicais, tendo uma acentuada adesão da população trabalhadora. No entanto,
para além dos seus aspectos reivindicativos, a que se colam muitas vezes e de
forma abusiva os interesses partidários, o 1º de Maio também é uma festa
popular que contribui para a dignificação do trabalho e para afirmar a sua
importância para o progresso económico do país e para a estabilidade social.
Numa época em que o capital financeiro e as doutrinas neoliberais tendem a ser
dominantes, o 1º de Maio serve para mostrar o valor do trabalho e para
evidenciar que o progresso económico e social só é possível através da
articulação entre os factores de produção Capital e Trabalho. Trabalho digno e salário digno, em nome da dignidade da pessoa humana. Como disse, também , o Papa Francisco.
Viva,
pois, o 1º de Maio!
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