Na ria de Vigo, a
pouco mais de trinta quilómetros da fronteira portuguesa, os estaleiros Construcciones Navales Paulino Freire, SA, preparam-se
para entregar à Marinha da Indonésia o seu novo navio-escola Bima Suci.
Este novo veleiro de 110 metros de
comprimento e 13,5
metros de boca tem três mastros, arma em barca e terá 3.350 metros quadrados
de superfície vélica. Segundo as informações que foram divulgadas, o navio
dispõe das mais modernas tecnologias e os seus alojamentos confortáveis, ou
mesmo luxuosos, poderão receber 200 elementos, entre tripulantes e cadetes
embarcados, mas o navio também vai servir de “embaixada flutuante” destinada a
promover o país.
O imponente veleiro substituirá o Dewaruci, o pequeno navio-escola de 58 metros que serviu a
Marinha indonésia nos últimos 64 anos para instruir os seus cadetes. O contrato de
construção atingiu um valor de cerca de 70 milhões de euros e resultou de um
concurso internacional em que participaram outros estaleiros espanhóis, mas
também polacos e holandeses, tendo assegurado dois anos de trabalho a 300
pessoas.
Na sua edição de
hoje o jornal Faro de Vigo destaca com uma fotografia de capa o escultor
galego José Molares a dar os últimos retoques na escultura do deus Bima Suci, que deu o nome ao navio e que foi colocada como
carranca na proa do navio onde, como sugere a tradição náutica, afastará os
maus espíritos e acalmará as tempestades.
Entretanto, decorrem
na ria de Vigo as provas de mar do navio que têm sido especialmente apreciadas
(e fotografadas), porque não é habitual ver uma tão grande superfície vélica
naquela ria, pois tem 200 metros
quadrados a mais do que o navio-escola espanhol Juan Sebastian Elcano... e 1.415 metros
quadrados mais que o navio-escola Sagres, cuja superfície vélica é de 1.935 metros
quadrados .