domingo, 27 de junho de 2021

A América cultiva a rapidez da Justiça

No dia 25 de Maio de 2020 na cidade de Minneapolis do estado do Minnesota, um polícia chamado Derek Chauvin deteve um indivíduo suspeito de qualquer coisa chamado George Floyd e aplicou-lhe uma técnica de imobilização que consiste em deitar o suspeito de bruços, ajoelhar junto dele e pressionar o seu pescoço com o joelho. Chauvin pressionou o pescoço de Floyd durante mais de oito minutos, Floyd gritou vinte vezes que não conseguia respirar, alguns polícias assistiram sem intervir e diversos transeuntes filmaram aquela cena. George Floyd não resistiu. As imagens desta ocorrência foram largamente difundidas pelas televisões e desencadearam protestos antiracistas e manifestações contra a violência e o abuso policiais em muitas cidades americanas, mas também tiveram muitas solidariedades, incluindo nos estádios de futebol europeus.
No dia 25 de Junho de 2021, um ano e meio depois da ocorrência de Minneapolis, o julgamento do caso ficou concluído e a sentença foi lida. Os americanos esperavam ansiosamente pela sentença e o ex-polícia Derek Chauvin foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão pelo homicídio do afro-americano George Floyd.
A sentença foi recebida com algum alívio pela comunidade negra americana e pelas organizações de defesa dos direitos civis, pois a condenação de um polícia branco pela morte de um afro-americano é uma raridade na justiça americana, enquanto a imprensa americana deu alargada cobertura à notícia.
A Justiça americana foi rápida como convém à boa ordem social.