domingo, 26 de julho de 2015

Nora Tyson, uma almirante bem poderosa

Na passada sexta-feira em San Diego, a bordo do USS Ronald Reagan, a Vice-Almirante Nora Tyson assumiu o cargo de comandante da 3ª Esquadra Americana, que agrega as forças navais americanas do Pacífico Ocidental desde a costa oeste dos Estados Unidos até à linha internacional de mudança de data. O jornal The San Diego Union-Tribune salientou esta “historic change for Navy” e referiu que se trata da primeira mulher a comandar uma Naval Fleet.
Nora Tyson é natural de Memphis, Tennessee, alistou-se na Marinha em 1979 e foi recentemente promovida aa posto de Vice-Almirante. No seu currículo naval constam muitas comissões de carácter operacional, com destaque para o comando do USS Bataan (LDH-5), um Landing Helicopter Dock ou navio de assalto anfíbio da classe Wasp, mas também a participação em operações no golfo Pérsico e o comando de forças navais.
A Marinha dos Estados Unidos tem ao seu serviço cerca de 45 mil mulheres que representam cerca de 16% do seu efectivo total, das quais cerca de 8 mil são oficiais. Nessas circunstâncias é normal que uma mulher atinja tão elevado cargo na estrutura operacional da Marinha Americana. A US Third Fleet que a Vice-Admiral Nora Tyson agora comanda é responsável por uma área de grande importância estratégica para os Estados Unidos, cobrindo a área do norte e do ocidente do oceano Pacífico, incluindo o Alaska, o estreito de Bering, as Aleútas e o sector do Ártico. É uma das seis esquadras permanentes americanas e o seu dispositivo dispõe de 4 porta-aviões (USS Nimitz, USS Carl Vinson, USS Ronald Reagan e USS John C. Stennis), mas também alguns cruzadores, muitas fragatas, submarinos, aviões, helicópteros e muitos soldados. É caso para perguntar: quem é a mulher mais poderosa do planeta?

Tour de France 2015: espectáculo único

A 102ª edição da Volta à França em bicicleta termina hoje em Paris depois de terem sido percorridos 3.360 quilómetros por estradas holandesas, belgas e francesas. Durante 22 dias, um pelotão de 198 ciclistas repartidos por 22 equipas proporcionou um espectáculo desportivo de alto nível e de grande adesão popular. Através da televisão tivemos a possibilidade de acompanhar a prova com transmissões de alta qualidade técnica devidamente comentadas, que nos permitiram “estar” realmente dentro do pelotão, acompanhando os ciclistas, as suas lutas e as suas fraquezas. Essas reportagens também permitiram acompanhar o inigualável entusiasmo de milhões de franceses pelo Tour de France que, nas bermas das estradas ou no alto das montanhas dos Pirinéus e dos Alpes, aplaudiram os seus ídolos, mas essas imagens também permitiram apreciar as paisagens deslumbrantes e um notável património histórico e cultural disseminado por todo o território francês. Provavelmente, nenhum outro evento desportivo como o Tour de France contribui tanto para a promoção de um país, através da beleza das imagens que transmite para todo o mundo durante muitas dezenas de horas. Esta 102ª edição, que hoje termina, caracterizou-se pelo seu percurso de grande dificuldade, com muitas etapas de alta montanha e muitas quedas. Não foi apenas uma prova desportiva, pois foi um espectáculo único. O ciclista português Rui Costa foi, para nosso desapontamento, uma das vítimas dessas quedas, enquanto os verdadeiros campeões se impuseram na subida das altas montanhas. Para a história vão ficar sobretudo os nomes dos espanhóis Contador e Valverde, do italiano Nibali e do colombiano Quintana mas, principalmente, o inglês Christopher Froome que repetirá hoje em Paris a sua vitória de 2013. E hoje em Paris, haverá três portugueses entre os 160 ciclistas que vão terminar o Tour.