A 102ª edição da Volta à França em bicicleta
termina hoje em Paris depois de terem sido percorridos 3.360 quilómetros por
estradas holandesas, belgas e francesas. Durante 22 dias, um pelotão de 198
ciclistas repartidos por 22 equipas proporcionou um espectáculo desportivo de alto
nível e de grande adesão popular. Através da televisão tivemos a possibilidade
de acompanhar a prova com transmissões de alta qualidade técnica devidamente
comentadas, que nos permitiram “estar” realmente dentro do pelotão,
acompanhando os ciclistas, as suas lutas e as suas fraquezas. Essas reportagens
também permitiram acompanhar o inigualável entusiasmo de milhões de franceses
pelo Tour de France que, nas bermas
das estradas ou no alto das montanhas dos Pirinéus e dos Alpes, aplaudiram os
seus ídolos, mas essas imagens também permitiram apreciar as paisagens
deslumbrantes e um notável património histórico e cultural disseminado por todo
o território francês. Provavelmente, nenhum outro evento desportivo como o Tour de France contribui tanto para a
promoção de um país, através da beleza das imagens que transmite para todo o
mundo durante muitas dezenas de horas. Esta 102ª edição, que hoje termina,
caracterizou-se pelo seu percurso de grande dificuldade, com muitas etapas de
alta montanha e muitas quedas. Não foi apenas uma prova desportiva, pois foi um
espectáculo único. O ciclista português Rui Costa foi, para nosso
desapontamento, uma das vítimas dessas quedas, enquanto os verdadeiros campeões
se impuseram na subida das altas montanhas. Para a história vão ficar sobretudo
os nomes dos espanhóis Contador e Valverde, do italiano Nibali e do colombiano
Quintana mas, principalmente, o inglês Christopher Froome que repetirá hoje em
Paris a sua vitória de 2013. E hoje em Paris, haverá três portugueses entre os
160 ciclistas que vão terminar o Tour.
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