O novo governo do
Luxemburgo, que ontem tomou posse e é presidido por Xavier Bettel, resulta de
uma coligação entre liberais, socialistas e verdes, tendo posto fim a duas
décadas de Jean-Claude Juncker como chefe do governo do Grão-ducado. Hoje, o diário
luxemburguês Le Quotidien noticia o início da Era Bettel, em contraponto à Era
Juncker.
O governo inclui como ministro da Justiça o cidadão Felix Braz, um
militante dos Verdes com 47 anos de idade, sendo a primeira vez que um
luso-descendente desempenha funções governativas no país que tem cerca de 13% de
portugueses na sua população residente, pelo que a presença no governo de um
ministro de origem portuguesa é um facto muito normal e, em certa medida, também um “prémio”
para uma comunidade muito respeitada. Félix Braz é filho de portugueses naturais de Castro Marim e
nasceu em 1966 no Luxemburgo. Em 1994 foi eleito pela primeira vez para a
autarquia de Esch-sur-Alzette, tendo assumido o cargo de vereador em 1999. Em
2004, tornou-se o primeiro deputado luso-descendente no Luxemburgo. Depois da
cerimónia de tomada de posse realizada no Palácio Grão-Ducal onde jurou
“fidelidade ao Grão-Duque, obediência à Constituição e às leis do Estado” fez,
significativamente, as suas primeiras declarações à comunicação social em
português.
Entretanto, a primeira tarefa que lhe foi cometida enquanto Ministro
da Justiça é a responsabilidade pela elaboração de um código de conduta ou
código deontológico, que os membros do governo deverão seguir. Talvez o
Ministro Félix Braz possa mandar uma cópia dessas regras de conduta para os
nossos governantes.