A
dieta mediterrânica foi esta semana classificada pela UNESCO como Património
Imaterial da Humanidade, com base numa candidatura apresentada pela Câmara
Municipal de Tavira.
Desde
Novembro de 2010 que a dieta mediterrânica já era considerada Património da
Humanidade na Espanha, na Grécia, na Itália e em Marrocos, mas estes países
juntaram-se à candidatura transnacional coordenada por Portugal e apoiada por
Chipre e pela Croácia para, de forma mais abrangente, renovarem a decisão que
foi agora aprovada durante a 8ª sessão do Comité Intergovernamental da UNESCO realizada
no Azerbaijão.
A
dieta mediterrânica não é uma dieta alimentar
específica para perder ou ganhar peso, mas antes um conjunto de hábitos alimentares
saudáveis. É um estilo de vida que vai muito para além
da confecção dos alimentos, pois tem a ver com práticas produtivas na agricultura
e nas pescas, com formas de preparação e consumo dos alimentos, com
festividades, tradições orais e expressões artísticas. A dieta mediterrânica
valoriza o pão, o vinho, o azeite e todos os produtos agrícolas da época, tendo
por base um estilo de vida comum aos povos que habitavam a bacia do
Mediterrâneo desde há milénios. Para além daquele tronco comum de produtos e
comportamentos, cada país tem as suas especificidades e, no caso português, destacam-se
as sopas, as açordas, as caldeiradas, as comidas frias de Verão e, até, as grandes
sardinhadas que as Festas dos Santos Populares não dispensam.
No domínio
do Património Imaterial da Humanidade a dieta mediterrânica junta-se ao fado,
constituindo as duas inscrições portuguesas nesta categoria de bens
classificados pela UNESCO.
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