quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Uma grande catástrofe em Hong Kong

Um incêndio de enormes proporções, considerado o mais mortífero na história de Hong Kong, deflagrou ontem no bairro social Wang Fuk Court, construído nos anos 80 do século passado, que é constituído por oito torres com cerca de trinta andares, com 1.984 apartamentos onde se estima que viviam cerca de 4.000 pessoas. 
O jornal South China Morning Post, que é o principal jornal da antiga colónia inglesa, dedicou toda a primeira página da sua edição de hoje ao catastrófico incêndio, informando que havia “36 mortos e 279 desaparecidos”, mas as notícias mais recentes já referem “94 mortos e quase 300 desaparecidos”.
Embora ainda não se conheçam as causas do trágico incêndio, tudo aponta para uma grosseira negligência de alguns trabalhadores que vinham realizando trabalhos de manutenção em algumas daquelas torres, pois foram descobertos materiais inflamáveis e esponjosos que arderam rapidamente, que libertaram fumos tóxicos e que propagaram o fogo pelos sucessivos andaimes em estruturas de bambu, que apoiavam os trabalhos de manutenção que estavam a ser realizados. O fogo propagou-se rapidamente às outras torres e a acção dos bombeiros revelou-se ineficaz.
Segundo foi declarado, tudo correu mal, pois não foram audíveis quaisquer sinais de alarme e não terão sido atendidas as reclamações de muitos moradores contra os trabalhos que decorriam nos prédios que alegaram falta de segurança.
As imagens televisivas desta catástrofe foram impressionantes e lembraram os ataques às torres gémeas de Nova Iorque, acontecidos no dia 11 de setembro de 2001.