Marcelo Rebelo de
Sousa foi distinguido com o Prémio Fernández Latorre, que é considerado como um
Prémio Nobel galego, tendo sido o primeiro chefe de
Estado estrangeiro a ser distinguido com aquele prémio, que foi instituído há 60 anos
pelo fundador do jornal La Voz de Galicia.
É sabido como o Presidente da República Portuguesa, na linha do que fizeram os
seus antecessores, tem dedicado uma especial atenção à Espanha, o país a que
nos unem fronteiras, interesses económicos e laços históricos e culturais que se têm intensificado, depois da
Democracia ter sido adoptada nos dois países, com enormes vantagens para ambos. Por isso, a distinção premeia o homem e o trabalho que tem desenvolvido pela amizade com a Espanha e pela unidade ibérica.
O Prémio Fernández
Latorre foi este ano decidido por unanimidade dos membros do seu Conselho de Curadores e foi entregue a Marcelo Rebelo de Sousa pelo rei Felipe VI de Espanha, tendo sido atribuído “em reconhecimento da sua acção para a promoção das relações
bilaterais entre a Espanha e Portugal”, mas também pelo seu contributo para que
as relações transfronteiriças entre ambos sejam agora “um modelo
de coesão” para a União Europeia.
Na cerimónia de entrega do prémio, houve discursos em português, em
galego e em castelhano, mas os discursos do Rei de Espanha e do Presidente de
Portugal, foram coincidentes nos elogios e nos afectos. Marcelo disse que “juntos
somos mais fortes” e, de facto, assim é no estado actual da Europa.
Naturalmente, o jornal
La Voz de Galicia dedicou uma edição
especial a este evento a que deu o título “Irmandade”, em referência às afinidades
luso-galegas e que, além disso, muito reforçou o prestígio internacional de Marcelo Rebelo
de Sousa.
O prémio tem um
valor de 10 mil euros que o premiado doou à Comunidade Vida e Paz, uma associação
que luta pela integração de pessoas sem-abrigo. De aplaudir, também.