sexta-feira, 5 de setembro de 2025

A tragédia que se abateu sobre Lisboa

Ao fim da tarde do dia 3 de Setembro, a notícia correu rápida a anunciar a tragédia: o centenário Elevador da Glória, que através da Calçada da Glória faz a ligação entre o Bairro Alto e a Praça dos Restauradores, em Lisboa, teve um gravíssimo acidente quando o seu cabo estrutural de segurança se partiu e o elevador descarrilou do seu trilho e deslizou a grande velocidade no percurso descendente da calçada, até se desfazer contra a parede na única curva do percurso. A íngreme calçada tem cerca de 275 metros de extensão e um acentuado declive de cerca de 17%, pelo que a velocidade do elevador foi muito elevada e a colisão foi brutal.
Foi uma enorme tragédia que abalou o país e que teve grande repercussão internacional, como se observa por exemplo no diário holandês NRC, pois nela perderam a vida 16 pessoas – portugueses (5), britânicos (3), sul-coreanos (2), canadianos (2), suiço (1), ucraniano (1), americano (1) e francês (1) – além de 23 feridos, dos quais seis deles se encontram em estado grave.
O Elevador da Glória está classificado desde 2002 como Monumento Nacional e é operado pela Companhia Carris de Ferro de Lisboa, uma empresa municipal que é tutelada pela Câmara Municipal de Lisboa. Porém, até ao momento ninguém assumiu responsabilidades técnicas ou políticas pela tragédia, surgindo as mais diversas explicações por parte dos especialistas a que as televisões recorrem, enquanto o presidente Carlos Moedas já está calado há 48 horas.
Foi uma grande tragédia que evidencia situações muito graves e que urge esclarecer, mas muitos lembram que Moedas reclamou a demissão do seu antecessor Medina por situações bem menos graves…