sexta-feira, 30 de setembro de 2022

A paz na Ucrânia é cada vez mais urgente

As últimas notícias sobre o conflito da Ucrânia que, com maior ou menor verdade nos vão chegando, parecem mostrar que o regime de Vladimir Putin está a passar por grandes dificuldades, não só no campo de batalha, mas também na ordem política interna e internacional.
A reocupação ucraniana de algumas áreas territoriais, sobretudo na região de Kharkiv, e o reforço da ajuda militar americana, levaram Putin a fazer um discurso ameaçador e a decretar a mobilização de reservistas, ao mesmo tempo que, tanto os chineses como os indianos, não mostraram a solidariedade para com a Rússia que Putin desejava. Depois surgiram o anúncio dos referendos, mais a acção de sabotagem sobre as condutas do Nord Stream e o anúncio do reconhecimento da independência das regiões de Kherson e Zaporijia que, tal como Lugansk e Donetsk, irão ser integradas no território russo apesar da oposição da comunidade internacional, como salientou o secretário-geral das Nações Unidas. Como refere a última edição do Der Spiegel, que exibe na capa uma ilustração de Putin com um olho negro – que corresponde ao mapa da Ucrânia – ele está “perigosamente fraco”.
A ser assim, tal como acontece com os animais acossados, Putin torna-se perigoso e as suas ameaças devem ser levadas a sério, pelo que é necessário que se faça qualquer coisa para acabar com esta guerra e evitar que a arma nuclear seja utilizada. É preciso que a diplomacia regresse a este palco rapidamente, o que de resto parece ser a opinião já dominante dos cidadãos europeus como revelou recentemente o Eurobarómetro.
Ao contrário das guerras de antigamente em que havia vencedores e vencidos, estamos agora num conflito que corre o risco de não ter vencedores, mas apenas vencidos.