sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

SOS Syrie

A revolução árabe chegou à Síria e está a desenvolver-se de uma forma muito violenta. O diário francês Libération alertou para a grave situação síria e lançou um SOS, informando que se combate em Damasco e em outras cidades sírias.
O movimento revolucionário sírio integra-se na chamada “primavera árabe”, que ocorreu na Tunísia, no Egipto, na Líbia e em outros países, embora as peripécias da mudança tivessem sido diferentes em cada um deles. Na maioria dos casos, a mudança fez-se, aparentemente, sem intervenção externa, mas houve excepções. Tal como já tinha acontecido em 2003 no Iraque, onde os Estados Unidos e os seus aliados decidiram derrubar Sadam Hussein, em 2011 as mesmas forças lideradas por franceses e ingleses decidiram derrubar Kadaffi. No caso do Iraque inventaram-se as armas de destruição maciça, no caso da Líbia arranjou-se o pretexto da protecção de civis. Ambos os países são importantes produtores de petróleo e essa circunstância levou à intervenção externa. Porém, as intervenções externas, com ou sem mandato das Nações Unidas, devem visar a separação dos beligerantes e a promoção de negociações, devendo ser acompanhadas por auxílios institucionais, políticos e económicos que criem um ambiente favorável ao entendimento das partes.
No caso da Síria está a chegar-se a uma situação dramática de guerra civil, com repressão muito violenta e mais de cinco mil mortos contabilizados, sem que o contestado presidente Bashar Al-Assad abandone o seu cargo como exige a oposição interna, a Liga Árabe, a União Europeia e os americanos. A União Europeia impôs um embargo ao petróleo sírio, apoiada pelos Estados Unidos, mas a intervenção externa – do tipo Iraque ou Líbia – tem estado bloqueada pelas posições da Rússia e da China, que apoiam e armam o regime sírio. A intervenção externa é urgente, mas terá que ser dirigida a partir das Nações Unidas, numa lógica de negociação, de entendimento e de separação de forças, que harmonize internamente o que for possível. Aquela área é muito perigosa. Altamente perigosa. A habitual lógica dos falcões não tem viabilidade na Síria. Negociação e diplomacia, sim. Guerra civil? Não, obrigado!

Vamos visitar a nossa Sagres!

A partir de amanhã e até ao dia 12 de Fevereiro, o Navio-Escola Sagres vai estar atracado no cais de Alcântara , em Lisboa, podendo ser visitado pelo público das 10.00 às 12.00 horas, das 14.00 às 19.00 horas e das 20.00 às 23.00 horas.
Esta iniciativa enquadra-se nas comemorações dos 50 anos do navio ao serviço da Marinha Portuguesa e de Portugal, constituindo uma boa oportunidade para o público conhecer um dos mais emblemáticos veleiros do mundo.
O navio foi construído em Hamburgo em 1937 e recebeu o nome de Albert Leo Schlageter. Depois da II Guerra Mundial foi incorporado na Marinha Brasileira com o nome de Guanabara, mas em 1961 foi adquirido pelo Estado Português com o objectivo de substituir o antigo navio-escola Sagres (actualmente baptizado como Rickmer Rickmers e que está atracado em Hamburgo como navio museu).
No dia 8 de Fevereiro de 1962 o navio içou pela primeira vez a bandeira portuguesa e, desde então, tem assegurado a formação marinheira dos futuros oficiais da Armada, tendo efectuado 155 viagens em que percorreu cerca de 600 mil milhas. De entre as suas missões destacam-se três viagens de circum-navegação e a sua presença como representante nacional em alguns importantes eventos internacionais. A visita ao Navio-Escola Sagres mobiliza sempre milhares de pessoas nos portos que visita, sobretudo nos Estados Unidos, no Japão e nos portos do norte da Europa. Agora são os portugueses e, em particular os lisboetas, que têm a possibilidade de visitar o mais simbólico navio português.