O Jornal de Notícias destaca hoje na sua primeira página que o “Fisco ataca reformados de 500 euros” e que, através do IRS, transforma os mais pobres em contribuintes. Na sua fúria cega destinada a recolher receita, o fisco gasparista é particularmente violento para com as classes de menores rendimentos e para com a classe média, que “apanha cortes brutais”, inclusive pelas alterações à colecta proporcionadas pelas despesas de saúde, casa e educação. O jornal faz diversas simulações e os resultados não deixam dúvidas: maior carga fiscal, menor rendimento disponível e menor consumo, de que resulta mais recessão e mais desemprego. É o aprofundamento da crise ou, como se costuma dizer, cada vez mais do mesmo.
Esta situação está a provocar uma onde de protesto e de indignação que atravessa toda a sociedade portuguesa. Tem sido repetidamente afirmado, inclusive pelos actuais governantes quando se candidataram, que o equilíbrio das contas públicas haveria de ser feito sobretudo pelo lado da despesa, mas não tem havido coragem para enfrentar o problema por esse lado. Atacam-se os fracos e apoiam-se os fortes. E continuam a gastar à tripa forra, exibindo o seu despesismo nos gabinetes, nas comitivas, nas viagens e nos luxuosos automóveis que usam e que nós vemos na televisão. Dizem que essa despesa tem pouco peso na despesa global. É verdade, mas esse mau exemplo está a enfurecer o povo e aqueles a quem todos os dias pedem mais sacrifícios. É lamentável que eles se comportem assim e que estejam a destroçar o nosso país.
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