Luiz Inácio Lula
da Silva foi presidente do Brasil entre 2003 e 2011, tendo sido um dos mais
populares presidentes da história brasileira, tanto interna como externamente.
Os seus governos foram marcados pelas políticas sociais como o Bolsa Família e
o Fome Zero, que foram reconhecidos pelas Nações Unidas e se tornaram
referenciais na luta contra a pobreza para muitos países.
Em 2013, dez anos
depois do início desses programas, a FAO anunciava que o Brasil tinha conseguido
reduzir a pobreza extrema em 75% e que, em termos globais, a pobreza tinha sido
reduzida em 65%. Era a consagração das políticas sociais dos governos de Lula,
pelo que foi reconhecido à escala mundial e foi distinguido com dezenas de
condecorações e com 36 doutoramentos honoris
causa.
A partir de 2016
surgiram acusações, designadamente de lavagem de dinheiro e de ocultação de
património e, dois anos depois, foi condenado com pena de prisão pelo
controverso juiz Sérgio Moro mas, após 580 dias na prisão, veio a ser libertado
em Novembro de 2019. Muitos consideraram que o processo e a sentença foram
viciados com intenções políticas, até porque Lula foi impedido de se candidatar
à Presidência da República quando as sondagens lhe davam o favoritismo.
Ontem, o Supremo
Tribunal Federal anulou as condenações ditadas pela Vara Federal de Curitiba e
pelo juiz Moro, pelo que o antigo Presidente recuperou todos os seus direitos
políticos.
Luiz Inácio Lula
da Silva tem 75 anos de idade e poderá estar de volta como hoje titula o jornal
O
Dia que se publica no Rio de Janeiro. Lula já estará a equacionar a
hipótese de se recandidatar às eleições presidenciais de 2022, mas também já
estará a estudar a forma de pedir contas pelos danos políticos e morais que
sofreu, devido à manipulação dos processos judiciais em que foi envolvido. Independentemente
de se recandidatar ou não, o regresso de Lula da Silva à vida política anima milhões de brasileiros e vai ter consequências.
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